O Caso Evaldo: 80 tiros contra o carro de uma família que ia a um chá de bebê. O ministro da Defesa, Azevedo e Silva, defendeu a condenação e punição dos culpados
Em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, no Senado Federal, nesta 2ª feira, 11.04, o ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva, foi indagado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) sobre o assassinato do músico Evaldo Rosa no último domingo, 07.04, no Rio de Janeiro.
Em sua audiência, o ministro Azevedo e Silva classificou o caso como "um incidente lamentável" e defendeu a condenação e punição aos culpados, após a investigação em curso por parte da Justiça Militar.
O ministro informou que os militares recebem formação e treinamento distintos do cenário de operações como o existente no estado do Rio de Janeiro, que esteve sob intervenção militar em 2018.
O assassinato de Evaldo
O músico negro Evaldo Rosa dos Santos teve seu automóvel alvejado por mais de 80 tiros de fuzil disparados por dez militares durante uma patrulha próxima de uma área militar em Guadalupe, na Zona Norte da cidade.
O músico estava acompanhado de sua família e ia para um chá de bebê. Duas pessoas foram feridas no incidente, o sogro do músico, Sr. Sérgio Gonçalves, e um homem que passava por ali e tentou ajudar.
A juiza Mariana Campos, que atua na Primeira Auditoria da Justiça Militar, determinou a prisão preventiva de nove dos dez militares envolvidos e presos por participarem da morte do músico Evaldo Rosa dos Santos. O militar Leonardo Delvino obteve da juiza a liberdade provisória por ter sido o único a não atirar na família, segundo testemunhos.