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Investimentos

Sábado, Dia 28 de Maio de 2022 as 23:05:44



CRIPTOATIVOS - Rede Ethereon tem 19 mil Projetos em Desenvolvimento de Criptomoedas. Confira AQUI


CRIPTOATIVOS
Renato Hallgren
26.05.2022
Carta ao leitor
 
A injeção de liquidez nos mercados globais, desde a crise do coronavírus, estimulou a diversificação nas alocações dos gestores, abrindo espaço para classes de ativos com perfil de risco mais arrojado, entre elas os criptoativos.
 
No período da pandemia, o modelo de trabalho “home office” impulsionou diversos segmentos da economia e mais especificamente aqueles atrelados a tecnologia. As maiores empresas de tecnologia (“big techs”) com ações listadas nas bolsas dos EUA apresentaram valorizações excepcionais contribuindo para que o índice S&P superasse suas máximas pontuações históricas em impressionantes 70 vezes ao longo de 2021 e a NASDAQ atingisse sua máxima histórica no ano passado.
 
Ao longo de 2022, com o fantasma da inflação rondando as principais economias globais, diversos bancos centrais vêm anunciando a elevação dos juros e a redução gradual de títulos em seus balanços. Esse movimento deve arrefecer a liquidez geral na economia global, com impacto nos mercados financeiros através da migração do fluxo de capitais para classes de ativos com menor perfil de risco.
 
Soma-se a esse cenário as sanções econômicas impostas à Rússia em função do conflito com a Ucrânia, que impacta ainda mais o preço das commodities e consequentemente a inflação global. A escalada armamentista impõe maior cautela nos mercados financeiros em geral.
 
O mercado Cripto tem enfrentado as adversidades macro globais e ainda, nas últimas semanas, o projeto Sul Coreano de uma stablecoin algorítmica (UST) do ecossistema Terra-Luna foi alvo de um possível “ataque” especulativo via estratégia de posicionamento “short” bem executada que trouxe apreensão e pressionou ainda mais os preços dos criptoativos.
 
Nossa mensagem aos investidores é a de que os fundamentos do Bitcoin permanecem inalterados, e sugerimos a releitura do nosso primeiro relatório educacional da maior criptomoeda do mercado. Acesse: Introdução ao Bitcoin.
 
Hoje, dando continuidade à série especial de relatórios sobre o universo dos criptoativos, trouxemos os conceitos básicos e introdutórios a respeito da rede Ethereum. Falamos sobre a história, os fundadores, o plano de desenvolvimento e alguns cases de aplicações de sucesso na rede.
 
Entender os fundamentos de um projeto tecnológico como o Ethereum pode ajudar os investidores a identificarem novas classes de investimento em segmentos tecnológicos ainda em desenvolvimento e com potencial relevante de valorização ao longo do tempo.
CRIPTOATIVOS
Renato Hallgren
26.05.2022
Introdução ao Ethereum
 
Para conceituar o Ethereum, temos que compreender um termo bastante utilizado no universo de criptoativos chamado Altcoin. De forma simples e direta, uma Altcoin é qualquer criptoativo que não seja o Bitcoin. Ou ainda, podemos classificá-las como moedas ou ativos alternativos. Atualmente são mais 19 mil projetos em desenvolvimento no mercado Cripto
 
Atualmente são mais 19 mil projetos em desenvolvimento no mercado Cripto. No entanto, quando mencionamos o Ether (ETH), estamos falando de uma moeda criada para realizar transações na rede Ethereum, que é hoje o segundo maior criptoativo em termos de capitalização de mercado, atrás apenas do Bitcoin. Atualmente, Ether (ETH) e Bitcoin (BTC) juntos, representam mais de 60% da capitalização do mercado Cripto.
 
Mas afinal, o que é o Ethereum ?
 
A tecnologia da Blockchain do Bitcoin pretende, com o passar do tempo e o aumento de sua adoção; descentralizar o dinheiro. Da mesma forma, a tecnologia da Blockchain do Ethereum propõe-se a descentralizar a internet.
 
Imagine uma rede conectada a internet com motoristas de taxi e passageiros se comunicando e viabilizando o serviço de transporte sem intermediação de terceiros. Esse exemplo hipotético ilustra, em parte, a proposta de descentralização do Ethereum para os inúmeros serviços disponíveis hoje na chamada internet 2.0.
 
A Rede Ethereum é um projeto, em processo de atualização, de uma plataforma com tecnologia Blockchain que permite aos seus desenvolvedores e usuários criarem e utilizarem aplicativos descentralizados (Dapps), cuja execução é automatizada por meio de contratos inteligentes (Smart Contracts).
 
O Ethereum utilizou-se de algumas aplicações tecnológicas popularizadas pelo Bitcoin, como criptografia avançada em Blockchain e a mineração de prova de trabalho (PoW), e expandiu as possibilidades de sua rede com o desenvolvimento e aplicação de códigos mais complexos, através dos contratos inteligentes, com o propósito de transformar a internet atual 2.0 para a Web3.
 
Os aprimoramentos técnicos adotados pelo Ethereum em desenvolver sua Blockchain através dos contratos inteligentes, é reconhecida também como completude de Turing, nos quais, são possíveis a utilização de códigos de programação para realizar qualquer tarefa, desde que esses códigos contenham as instruções corretas, tempo suficiente e poder de processamento.
 
Em suma, enquanto o Bitcoin se desenvolve para consolidar uma tecnologia voltada aos fundamentos do dinheiro, através de uma moeda digital e escassa, o Ethereum é uma tecnologia com o propósito de transformar as aplicações digitais via internet em um modelo de negócios cada vez mais descentralizado.
 
A história do Ethereum
 
A comunidade tecnológica reconhece a publicação em 23.01.2014 de um artigo escrito na Bitcoin Magazine como um marco no surgimento conceitual da rede Ethereum.
 
O artigo intitulado Ethereum: A Next-Generation Cryptocurrency and Decentralized Application Platform” foi escrito por um de seus fundadores, Vitalik Buterin, que apresentou detalhadamente os principais conceitos e inovações da rede frente as tecnologias e aplicações existentes no mercado de ativos digitais.
 
A possibilidade de alterações futuras do mecanismo de consenso de Prova de Trabalho (PoW) para a Prova de Participação (PoS) e o formato de captação de recursos financeiros para o desenvolvimento do projeto, que seria realizado posteriormente através de uma ICO (Initial Coin Offering), constavam no artigo.
 
Vitalik Buterin era uma personalidade bastante ativa nos grupos de tecnologia e criptografia nos quais produzia e apresentava trabalhos técnicos para o aprimoramento dos projetos de criptoativos existentes à época. Em alguns fóruns, suas exposições atraíram nomes importantes da academia e do mercado financeiro tradicional em diferentes países (EUA, Canada, Inglaterra, Romênia e outros).
 
Entre os profissionais de mercado e acadêmicos, se juntaram a Vitalik, Charlies Hoskinson e Gavin Wood, esse último é egresso da área de pesquisa da Microsoft e escreveu o principal documento técnico da rede Ethereum (Yellow Paper). Ele criou a linguagem de programação Solidity, e introduziu uma enorme variedade de recursos à rede proposta, com capacidade de executar cálculos mais complexos em relação aos projetos até então presentes, em especial, o Bitcoin. 
 
Nesse documento técnico, Gavin Wood expõe o design computacional, questões de implementação, as oportunidades que esse novo protocolo oferece e os obstáculos que a rede Ethereum deveria enfrentar e corrigi-los através das atualizações na rede com o passar do tempo. Acesse o documento em: Yellow Paper do Ethereum.
 
Por fim, Anthony Di Iorio, Mihai Alisie, Jeffrey Wilcke e Joseph Lubin completam o seleto grupo de fundadores da Ethereum. A conexão com Wall Street veio do cofundador Joseph Lubin, que foi gestor de fundos de tecnologia no banco Goldman Sachs e hoje comanda a ConsenSys, uma das principais empresas de software e infraestrutura com tecnologia de blockchain no mercado.
 
O processo de divulgação do projeto foi até o primeiro semestre de 2015 que culminou com a captação de aproximadamente USD 16 milhões através do ICO mais bem-sucedido, até aquela data, do mercado de criptoativos, e viabilizou a criação do Ethereum em 30.07.2015. O artigo que apresentou conceitualmente o projeto ao público em geral pode ser acessado em: Bitcoin Magazine.
 
O que é Roadmap?
 
São as etapas de um projeto que envolvem testes, melhorias e atualizações de programação e infraestrutura que podem ter sido estabelecidas no inicio do projeto ou até mesmo no decorrer do seu desenvolvimento. 
 
A Ethereum está sendo atualizada progressivamente; as melhorias são distintas e têm diferentes datas de lançamento e conclusão. A próxima atualização será o “The Merge” que pretende substituir o mecanismo de consenso do Proof-of-Work (PoW) para o Proof-of-Stake (PoS); e vai estabelecer um processo de descarbonização em seu modelo de negócio, uma vez que a força computacional de validação dos blocos será substituída pelo modelo de custódia e bloqueio dos ativos na rede, reduzindo assim o consumo de energia da rede.
 
O roadmap do Ethereum contempla melhorias que irão além do “The Merge”. Serão as etapas “The Surge”, para implementar o mecanismo de fragmentação para Blockchains de segunda camada (rollups); além das atualizações “The Verge” e “The Purge” que somadas as anteriores visam predominantemente aumentar a escalabilidade e a descentralização sem perder as características de segurança na rede Ethereum. 
 
Rede Ethereum
 
Os desenvolvedores do ecossistema de criptoativos começaram a criar aplicativos na plataforma da Blockchain da rede Ethereum utilizando contratos inteligentes replicando inicialmente os modelos de negócios já estabelecidos no mercado tradicional tais como (i) mercado financeiro e (ii) jogos de entretenimento.
 
Aplicações descentralizadas no segmento (iii) tecnológico através, por exemplo, da plataforma de marketplace chamada Gitcoin; uma ferramenta que conecta e remunera desenvolvedores ao redor do mundo viabilizando o desenvolvimento de diversos softwares da computação moderna em código aberto.
 
Uma nova classe de Navegadores de internet (Browsers) como Brave e Opera foram criadas para atender as demandas de navegabilidade com eficiência e privacidade que caracterizam a Web3 em contraponto aos já conhecidos Google Chrome, Mozilla Firefox e Microsoft Edge que operam na internet 2.0.
 
No campo das (iv) Artes e Colecionáveis, os aplicativos se concentram no conceito da propriedade digital, criando novas formas de interagir em comunidades estabelecendo o conceito de identidade digital através dos “certificados digitais” que são as NFT’s (Non-Fungible Token), que definem originalidade e exclusividade aos bens ou ativos digitais.
 
Aplicativos Descentralizadas (Dapps)
 
Os aplicativos descentralizados (Dapps) ainda são considerados experimentais no ambiente das redes com tecnologia em blockchain. Abaixo, listamos alguns projetos pioneiros nas categorias de finanças, colecionáveis, tecnologia e jogos:
 
A Uniswap é um formador de mercado automatizado criado em 2018 que funciona como uma corretora de criptomoedas sem a intermediação de terceiros; é reconhecida no mercado cripto como uma DEX (Decentralized Exchange).
Acesse em: Uniswap
 
OpenSea é um marketplace para NFTs, a plataforma permite criar NFT’s, implementar projetos de crowdfunding, distribuição de tokens, acompanhar diversos ativos e oferecer suporte em diferentes blockchains.
Acesse em: opensea.io
 
Brave é um navegador web livre e de código aberto que adota o modelo de negócio pay-to-surf, bloqueando anúncios e rastreadores de sites.
Acesse em: brave
 
Decentraland é um blockchain game controlado pelos jogadores que permite a exploração, desenvolvimento e socialização no metaverso.
Acesse em: decentraland
 
CONFIRA no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
RENATO HALLGREN, analista senior do BB Investimentos
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RENATO HALLGREN, analista senior do BB Investimentos





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