Na última 5ª feira, 23.06.2022, aconteceu a 14ª Cúpula dos BRICS, em um evento virtual, sob a presidência da China. O tema do encontro é Promover Parceira de Alta Qualidade entre os BRICS, Inaugurar uma Nova Era Para o Desenvolvimento Global.
Participaram do evento o presidente do Brasil Jair Bolsonaro, o presidente da Rússia Vladimir Putin, o presidente da República Popular da China Xi Jinping, o primeiro-ministro da Índia Narendra Modi e o presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, também participam da reunião.
A Declaração de Pequim, da 14ª Cúpula dos BRICS, formaliza os principais acordos da reunião. Confira a seguir um resumo dos principais pontos acordados durante a cúpula.
> Eventos na Ucrânia
"Discutimos a situação na Ucrânia e recordamos nossas posições nacionais expressas nos fôros apropriados, a CSSA e a UNGA. Apoiamos as negociações entre a Rússia e a Ucrânia",
diz a declaração.
A associação expressou seu apoio aos esforços da ONU e de seu secretário-geral Antonio Guterres, bem como do Comitê Internacional da Cruz Vermelha sobre o fornecimento de ajuda humanitária para a Ucrânia.
> Política global
Os Estados do BRICS reafirmaram seu "respeito à soberania e integridade territorial de todos os Estados, enfatizando nosso compromisso com a resolução pacífica das diferenças e disputas" e seu "forte compromisso com o desarmamento nuclear".
Os líderes expressaram seu apoio a "um Afeganistão pacífico, seguro e estável", e enfatizaram o respeito por sua soberania, independência, integridade territorial, unidade nacional e não interferência em seus assuntos internos", enfatizando que seu território não deve ser usado para ameaçar ou atacar qualquer país ou para abrigar ou treinar terroristas, ou para planejar financiar atos terroristas."
O BRICS espera o sucesso das conversações sobre a restauração do Acordo Nuclear iraniano e apoiar conversações bilaterais e multilaterais para resolução "de todas as questões relativas à Península Coreana, incluindo sua completa desnuclearização".
A associação continua a defender uma "reforma abrangente da ONU, incluindo seu Conselho de Segurança", a fim de aumentar a representação dos países em desenvolvimento para que possa responder adequadamente aos desafios globais. Também pede para preservar e reforçar o sistema de controle de armas.
> Economia global
"Recuperação desequilibrada" após a pandemia é "agravar a desigualdade em todo o mundo", o impulso de crescimento global enfraqueceu e as perspectivas econômicas diminuíram, diz a declaração.
"Exortamos os principais países desenvolvidos a adotar políticas econômicas responsáveis, ao mesmo tempo em que gerenciam as repercussões políticas, para evitar impactos severos nos países em desenvolvimento",
disseram os líderes do BRICS, instando
"instituições financeiras multilaterais e organizações internacionais a desempenhar um papel construtivo na construção de um consenso global sobre políticas econômicas e na prevenção de riscos sistêmicos de ruptura econômica e fragmentação financeira".
Os cinco líderes ressaltaram que o G20 "permanecerá intacto e responderá aos desafios globais atuais".
> Segurança alimentar
Os líderes apontaram que os estados do BRICS produzem cerca de um terço de todos os alimentos do mundo e observaram a "importância estratégica" dos insumos agrícolas, incluindo, entre outros, fertilizantes, na garantia da segurança alimentar global. O documento não menciona diretamente a questão da crise alimentar.
> Cooperação em moedas
Os cinco líderes reconheceram "a importância de fortalecer o mecanismo do Arranjo de Reservas Contingentes (CRA), que contribui para fortalecer a rede global de segurança financeira e complementa os acordos monetários e financeiros internacionais existentes". Eles também saudaram a cooperação dos "bancos centrais na faixa de pagamentos".
> Clima e desenvolvimento sustentável
Os países desenvolvidos têm "responsabilidades históricas pelas mudanças climáticas globais e devem assumir a liderança na ampliação das ações de mitigação", diz a declaração.
Os BRICS se opuseram às barreiras comerciais "verdes": "todas as medidas tomadas para combater as mudanças climáticas e a perda da biodiversidade devem ser projetadas, adotadas e implementadas em total conformidade com os acordos da OMC e não devem constituir um meio de discriminação arbitrária ou injustificável ou uma restrição disfarçada ao comércio internacional e não devem criar obstáculos desnecessários ao comércio internacional".
> Combate à pandemia
Os líderes enfatizaram a necessidade de criação do complexo sistema de alerta precoce para riscos epidêmicos dentro da associação, e ressaltaram que os Estados-membros devem estar mais preparados para futuras emergências em saúde.
A associação também defendeu a "distribuição equitativa das vacinas" e pediu às agências internacionais e instituições de caridade que comprem vacinas e reforços "de fabricantes de países em desenvolvimento, incluindo na África, para garantir que as capacidades de fabricação que estão sendo desenvolvidas sejam retidas".
Além dos cinco países do BRICS, esses países também participaram de várias capacidades: Argélia, Argentina, Egito, Indonésia, Irã, Cazaquistão, Camboja, Malásia, Senegal, Tailândia, Uzbequistão, Fiji, Etiópia.
Agora esperamos por uma expansão dos BRICS
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