O Ibovespa abriu em campo negativo, pressionado pelas quedas dos futuros nos EUA, dos mercados acionários europeus e das bolsas chinesas. Em seguida, como os dados da economia norte-americana não agradaram, mantendo os índices em Wall Street no vermelho, o índice doméstico prosseguiu com pequena baixa. As realizações se acentuaram após às 15h, com indicação de firme saída de capital externo.
Os papéis mais líquidos do setor de bancos, a Petrobras e a Vale pesaram sobre o índice, que fechou na mínima do dia e com vistoso volume financeiro.
Vale ressaltar que desde meados do mês o ingresso de capital externo tem patinado no mesmo lugar, levando a partir daí os investidores a optarem por realizações de lucros. Em suma, o índice subiu somente no início do mês e os papéis que haviam ajudado a impulsioná-lo em abril, que estão entre os mais líquidos, foram incisivos na acentuação da trajetória descendente a partir do último dia 18. Enfim, além do Ibovespa já ter testado os 58 mil pts (19.500 pts em dólar), uma possível subida de juros nos EUA prosseguiu no centro das atenções, gerando incertezas.
O índice doméstico fechou aos 52.760 pts (-2,25%), acumulando -2,97% na semana, -6,17% no mês, +5,51% no ano e +2,97% em 12 meses. Em dados preliminares, o vultoso giro da Bovespa foi de R$9,88 bilhões (R$9,69 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$8,65 bilhões.
No índice, os setores com mais fracos desempenhos foram: Bancos; Petróleo/Petroquímico; Siderurgia/Mineração; e Serviços Financeiros.
Destaques individuais negativos ponderados para: ITUB4 (R$34,33; -2,47%; giro R$688 bilhões); BBDC4 (R$28,21; -2,69%; giro R$408 bilhões); JBSS3 (R$15,60; -6,08%; giro R$173 bilhões); PETR4 (R$12,33; -2,68%; giro R$907 bilhões); ITSA4 (R$8,82; -3,29%; giro R$225 bilhões); QUAL3 (R$19,00; -19,66%; giro R$224 bilhões); PETR3 (R$13,25; -2,65%; giro R$252 bilhões); CIEL3 (R$40,00; -3,03%; giro R$243 bilhões); eVALE5 (R$16,76; -2,56%; giro R$388 bilhões).
No último dado disponível, a Bovespa teve saída de capital externo de R$99,492 milhões no dia 26 de maio, somando R$1,882 bilhão mês (+R$7,605 bi em abril; +R$3,809 bi em março; +R$4,481 bi em fevereiro; +R$1,575 bilhão em janeiro) e acumulando R$19,353 bilhões em 2015.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,1850 (+0,76%), acumulando +3,14% na semana, +5,81% no mês, +19,96% no ano e +43,21% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas mais curtas mostraram pequenas elevações no curto prazo e praticamente não se mexeram no longo prazo, a partir do DI jan/18. No Mercado, notícias deram conta que os dados domésticos e externos divulgados hoje foram os motivadores do comportamento do dia.
Indicadores. No Brasil, o PIB 1T15 variou -0,2% em relação ao PIB 4T14 – consenso em -0,5%, e -1,6% em comparação com o PIB 1T14 – consenso em -1,8%. O crescimento acumulado nos últimos quatro trimestres foi de -0,9%. Nos EUA, a primeira revisão do PIB 1T15 apresentou variação de -0,7%, ante +0,2% do dado anterior – consenso em -0,8%. Já o consumo pessoal oscilou +1,8%, contra +1,9% no dado anterior – consenso em +2,0%.
Agenda da semana. No Brasil, realce para as divulgações do PIB do 1º trimestre de 2015, resultado primário e resultado nominal (29); nos EUA, índice de compras dos gerentes de Chicago, índice de confiança consumidor Univ. Michigan e PIB 1T15 – 2ª parcial e consumo das famílias (29) (pg. 5); no Japão, PMI manufatura (31); e na China PMI manufatura oficial e PMI manufatura HSBC (31).
Confira no anexo, o Relatório completo sobre o desempenho do mercado financeiro em 29.05.2015, elaborado pelos analistas de mercado do BB Investimentos
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