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Investimentos

Segunda-Feira, Dia 27 de Junho de 2016 as 15:06:57



FLASH DE MERCADO - Reino Unido vota para saída da UE - Efeitos sobre o Mercado


Reino Unido vota para deixar a União Europeia 
 
 
 
Um total de 51,89% dos eleitores britânicos apoiaram a saída do bloco, que o país participava há mais de 40 anos, contra 48,11% favoráveis à permanência na UE, forçando a renúncia do primeiro-ministro David Cameron. O evento de hoje é o clímax de um roteiro que vem sendo escrito há algum tempo, e que pode levar ao declínio do projeto Europeu estabelecido no ambiente de pós-guerra, onde o pano de fundo desse processo é a insatisfação dos cidadãos britânicos com os encargos impostos em termos de contribuição à União Europeia em um ambiente de crise econômica acentuada no continente. Essa situação se deteriorou a partir da crise dos refugiados de regiões de conflito no Oriente Médio.
 
Embora eventos dessa magnitude precisem de tempo para serem melhor analisados, a principal consequência de curto prazo é abertura de um precedente para que outras nações europeias sigam o Reino Unido. Outros países que estão sofrendo pressões de conservadores e têm importantes eleições este ano podem começar a considerar o mesmo movimento. 
 
Para o investidor europeu, o principal risco é o de desintegração da União Europeia, o que poderia ter impactos incalculáveis sobre o crescimento econômico global, em ambiente já desinflacionário, e mantida em pé sob os efeitos dos programas monetários dos principais Bancos Centrais. Em relação ao Federal Reserve, o banco central norte-americano dificilmente conseguirá elevar a taxa de juros como planejado este ano, e pode até mesmo provocar nova rodada de afrouxamento monetário emergencial. Os bancos centrais britânico e europeu afirmaram que estão prontos para fornecer fundos adicionais para sustentar os mercados financeiros.
 
 
Acordos Comerciais. Como ficam os acordos comerciais? Alguns tratados comerciais entre o Reino Unido (RU) e todos os demais países com quem este faz negócios provavelmente terão que ser revistos, dado que muitos deles fazem parte dos acordos negociados em conjunto com a União Europeia (UE). 
 
Vale ressaltar, que aproximadamente 50% das exportações do RU vão para a Europa, o que leva a crer em uma inevitável renegociação de acordos entre o Reino Unido e a UE. É possível que Noruega e a Suíça, países não pertencentes à União Europeia, sejam beneficiados para a realização de tratados comerciais com o RU. Por outro lado, a incerteza deve prevalecer neste primeiro momento, pois fica a dúvida o quão duros na negociação os países líderes da EU podem ser em relação ao Reino Unido, e além disso, como poderá ser a barganha que as demais nações usarão nas negociações com o Reino Unido que acaba de adotar uma posição isolacionista.
 
Mercados. 
 
Os mercados financeiros globais despencam hoje (fly to quality). A libra registrou perda recorde e chegou a cair mais de 11% em
relação ao dólar. 
 
No último dado disponível, a moeda era negociada em baixa de 7,97%, a US$ 1,36. O ouro opera em alta de 5,35%. O VIX tem alta de 40%, a 24,30, muito acima do patamar dos 20 pontos. As bolsas asiáticas também tiveram forte queda. 
 
Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 7,92%, aos 14.952 pontos. Em Hong Kong, o índice HANG SENG caiu 2,92%, aos 20.259 pontos. A bolsa de Frankfurt caía 6,56%. O futuro do norte-americano S&P 500 caía 3,72%, aos 2.027 pontos. O petróleo tipo Brent em Londres recuava 5,01%, a 48,36 dólares por barril.
 
O índice do dólar sobre uma cesta de moedas subia 2,54%. Na BM&F, o contrato futuro do índice Ibovespa abriu em queda de mais de 5%, à espera a abertura em Nova Iorque.
 
Impacto do Brexit nos bancos brasileiros. Apesar da queda expressiva das ações dos bancos europeus, com bancos como Santander, Lloyd’s e Barclay’s apresentando queda acima de 20% no pregão de hoje, a saída do Reino Unido da União Europeia não trará impactos diretos para os bancos brasileiros. Porém, a maior aversão ao risco e o fly to quality por parte dos investidores, devem pressionar as ações dos bancos no mercado doméstico, por serem o setor mais líquido do Ibovespa. 
 
Nesta direção, as ações do Santander Brasil devem sofrer mais por conta da baixa liquidez, apesar da filial brasileira também não sofrer nenhum impacto direto por ter independência completa em relação ao funding. Concluindo, acreditamos que os bancos brasileiros ainda sofrerão com problemas domésticos como maior inadimplência e maior necessidade
de provisões impactados pelo cenário recessivo da economia doméstica. Caso a correção das ações dos bancos brasileiros seja excessiva, poderemos ter novamente um ponto de compra, porém, mantemos a visão neutra sobre o setor.
 
 
Confira no anexo a integra das análises a respeito da votação popular para a saída do Reino Unido da União Europeia, e de seus efeitos sobre a economia, elaboradas por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, CARLOS EDUARDO DALTOZO, ambos do BB INVESTIMENTOS.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, CARLOS EDUARDO DALTOZO, ambos do BB INVESTIMENTOS





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