Diário do Mercado na 2ª feira, 04.12.2017
Ibovespa sobe pelo segundo pregão, apoiado no cenário interno
Resumo.
Ibovespa seguiu em alta nesta 2ª feira, retornando ao patamar dos 73 mil pts com o bom humor externo e a percepção de melhora nas chances de aprovação da reforma da previdência.
O mercado interpretou como positiva a recente articulação do governo e a fala do presidente da câmara, enxergando possibilidade de aprovação ainda em 2017.
Reforma Tributária de Trump. No exterior, a ratificação pelo senado norte-americano da reforma tributária do governo de Trump já estava parcialmente precificada nas bolsas de Nova York, que encerraram com sinais mistos, mas, na Europa, avançaram. O relatório final deverá passar por consolidação dos textos aprovados na câmara de representantes e no senado e ainda seguirá para sanção do presidente norte-americano, Donald Trump.
Ibovespa.
O índice operou em terreno positivo durante toda a sessão. A máxima intradiária foi atingida na hora final do pregão, aos 73.748 pts (+2,05%), mas, a partir daí, o índice realizou parcialmente os ganhos no dia, mas, permanecendo, mesmo assim, acima do 73 mil pts.
A alta do índice teve como principais drivers os bons ventos nas principais bolsas pelo mundo, os esforços do governo em prol da aprovação da reforma da previdência e a forte alta do preço do minério no mercado chinês.
Vale, o setor de siderurgia e o setor de bancos tiveram destaques entre as altas. Na outra ponta, Petrobras e os papéis de empresas ligados ao câmbio desvalorizaram.
O Ibovespa encerrou aos 73.090 pts (+1,14%), acumulando +1,56% no mês, +21,36% no ano e +21,18% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 8,170 bilhões, sendo R$ 7,946 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
Na 5ª feira, 30.11, os investidores estrangeiros retiraram R$ 330,452 milhões da bolsa, encerrando novembro com saldo negativo de R$ 3,186 bilhões. No ano, o saldo acumula ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 9,762 bilhões.
Agenda Econômica.
A utilização da capacidade instalada (CNI) subiu a 77,7% em outubro, versus 77,5% em setembro. O IPC-Fipe mensal cedeu a +0,29% em novembro, ante +0,32% em outubro – consenso em +0,35%. Hoje, no relatório semanal Focus do Banco Central, as projeções de mercado desta semana orbitaram predominantemente estáveis, mas, com próspero crescimento do PIB.
Para 2017, o crescimento subiu, refletindo não apenas as revisões positivas dos dados do 1T17 e 2T17, mas, também, a leitura do terceiro trimestre mostrando força pelo lado da demanda.
Já para 2018, em especial, a continuidade do avanço do crescimento esperado denota a próspera perspectiva dos agentes para o País a partir do próximo ano. Enfim, de maneira geral os prognósticos se mantiveram otimistas, mesmo com volatilidade nos mercados domésticos.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) principiou a sessão em ligeira alta, acompanhando comportamento majoritário da moeda no exterior após a aprovação da reforma tributária no senado norte-americano. Ainda pela manhã a tendência foi revertida e a divisa operou em baixa até o fim do pregão.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2450 (-0,28%), acumulando -0,76% no mês, -0,22% no ano e -6,51% nos últimos 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos desceu a 167 pts, ante 171 pts da última 6ª feira.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular em baixa em quase toda a estrutura da curva. Os ajustes foram mais significativos nas taxas de longo prazo com melhora na perspectiva do mercado das chances prosseguimento com a agenda de reformas.
Para esta semana.
Brasil: Produção industrial, Taxa Selic, IGP-DI e IPCA;
EUA: Balança comercial, ADP Variação setor empregos, Produtividade de produtos não-agrícolas, Custo da mão-de-obra, Crédito ao consumidor, Payroll (criação de vagas na economia), Taxa de desemprego, Estoques e vendas no atacado e Sentimento Univ de Michigan;
Alemanha: Produção industrial;
França: Produção industrial;
Reino Unido: Produção industrial; zona do euro: PIB;
Japão: PIB;
China: Reservas estrangeiras, Balança comercial, Exportações, Importações, IPC e IPP.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, e Ricardo Vieites, ambos do BB Invetimentos.
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