Diário do Mercado na 4ª feira, 17.01.12018
Ibovespa reitera recorde impulsionado por máximas em Nova York
Resumo.
O dia não teve nenhuma notícia adversa e foi extremamente favorável para a bolsa brasileira. O índice, que encerrou praticamente na máxima do dia, abriu meio morno, mas, após meia hora de negociação entrou em tendência ascendente, que se acentuou após os índices acionários de Nova York seguirem em trajetórias altistas e findaram em recordes históricos.
O vigoroso giro financeiro doméstico, com intrínseco ingresso de capital estrangeiro, corroborou o terceiro pregão consecutivo de recorde e a manutenção da tendência de alta do Ibovespa.
A percepção global é que o Brasil é a “bola da vez” para se investir e os agentes prosseguem “antecipando o movimento” de recuperação do País.
Vale ressaltar que o índice brasileiro se encontra na casa dos 25.200 pts em dólar, ainda distante do último pico, na casa dos 44.000 pts em dólar que atingiu em abril de 2011.
Ibovespa.
Resumidamente, os investidores foram as compras e vão diversificando suas carteiras com mais papéis brasileiros. O índice ultrapassou e firmou-se acima dos 80 mil pts pouco depois de meia hora de negócios e prosseguiu sustentando seu avanço a partir daí com compatível giro financeiro.
Os ganhos dos papéis da Petrobras, da Vale e do setor de bancos foram destaques em contribuições positivas para o índice.
O Ibovespa fechou aos 81.189 pts (+1,70%), similar a máxima intradiária, acumulando agora +2,32% na semana, +6,27% no mês (e no ano) e +26,16% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 11,692 bilhões, sendo R$ 11,166 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
No último dado disponível, a Bovespa apurou entrada líquida de capital externo de R$545,056 milhões no dia 15 de janeiro, passando a acumular entrada líquida de R$4,129 bilhões em janeiro de 2018.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IPC-Fipe semanal, que mensura a inflação na cidade de São Paulo, desacelerou para 0,49% na segunda quadrissemana de janeiro, versus 0,55% da prévia anterior e abaixo do consenso de mercado de +0,60%.
Nos EUA, a produção industrial surpreendeu positivamente com alta de +0,9% em dezembro, versus -0,1% em novembro, vindo acima do +0,4% esperado pelos analistas. Já o Livro Bege do Fed, com sua considerações sobre as condições atuais da economia local, foi bem recebido pelo mercado. O documento mostrou maior crescimento em algumas regiões e ritmo moderado em outras, mas, sem pressões de preços, bem como aumento de investimentos em alguns setores industriais.
Câmbio e CDS.
A dólar comercial (interbancário) tentou se sustentar em alta na primeira parte dos negócios. Todavia, na parte da tarde, com o bom humor doméstico, foi decaindo e terminou quase na mínima do dia.
A moeda encerrou cotada a R$ 3,2130 (-0,40%), acumulando +0,22% na semana, -3,08% no mês (e no ano) e +0,12% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos se manteve nos mesmos 146 pts da véspera, sendo basicamente a sua mesma pontuação após a primeira semana do ano.
Juros.
Os juros futuros praticamente não tiveram maiores oscilações hoje, tão somente alguns leve ajustes para cima na ponta mais curta e outros para baixo na ponta mais longa em sua curva de estrutura a termo.
O mercado prossegue em compasso de espera por alguma nova notícia e ainda não precificou mais claramente suas apostas para a decisão do Copom em 7 de fevereiro próximo.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 17.01.2017, elaborado por Wesley Bernabé, CNPI, e Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, ambos da equipe do BB Investimentos.
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