DIÁRIO DO MERCADO na 4ª feira, 12.12.2018
Ativos domésticos desempenham bem com melhora na tensão comercial
Comentário.
Os mercados se animaram nesta quarta-feira com a propensão ao diálogo demonstrada por Trump na questão comercial com a China. Este foi o principal direcionador para um dia positivo das principais bolsas pelo mundo.
Por aqui, o Ibovespa chegou a subir 1,8% na máxima intradiária, mas renunciou parte dos ganhos na parte final do pregão, encerrando aos 86.977 (+0,65%). Já o dólar fechou com firme queda de -1,43%, cotado a R$ 3,85 – acompanhando enfraquecimento generalizado da divisa perante as moedas principais.
Na última reunião do Copom do ano, o comitê decidiu pela manutenção da taxa Selic em sua mínima histórica, 6,5%, reiterando a percepção benigna da trajetória da inflação e ligando um sinal de alerta em relação às condições externas adversas para os mercados emergentes. Nesta esteira, os juros de curto prazo encerraram praticamente estáveis, com aposta majoritária na manutenção, confirmada mais tarde. Já as seções de médio e longo prazos arrefeceram.
Ibovespa.
Ao contrário do ocorrido na véspera, o índice navegou durante toda a sessão em terreno de alta, arrefecendo nas horas finais de pregão. As maiores contribuições para o avanço do Ibovespa vieram de B3, Ultrapar e do setor de siderurgia. Do lado das quedas, Eletrobrás e Vale foram os destaques.
O Ibovespa fechou aos 86.977 pts (+0,65%), acumulando -2,82% no mês, +13,84% no ano e +17,83% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 24,1 bilhões, sendo R$ 24,5 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 10 de dezembro (último dado disponível), houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 32 milhões, elevando o saldo positivo de dezembro para R$ 1,5 bilhão. No ano, o déficit diminuiu para R$ 8,0 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o dia ficou por conta da decisão do Copom, que optou por manter a taxa de juros básica (Selic) em 6,50%.
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (IPC) ficou estável em novembro frente ao mês anterior, segundo dados do Departamento de Trabalho, houve redução na taxa atualizada de 2,2%. Já o núcleo da inflação apresentou uma alta de 0,2% em novembro.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana recuou pela segunda sessão seguida, acompanhando comportamento global de desvalorização da moeda. A declaração de Trump assegurando a continuidade da trégua comercial com a China foi o principal direcionador para a correção da divisa.
A moeda findou cotada em R$ 3,8570 (-1,43%), acumulando -0,03% no mês, +16,35% no ano e +15,97% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos recuou de 207 pts para 202 pts.
Juros.
Em compasso de espera com a decisão do Copom, os juros futuros de curto prazo encerraram com ligeiro viés de baixa – o consenso é unânime pela manutenção da taxa Selic em 6,5%. Já os contratos de médio e longo prazos registraram firmes recuos, ante evolução do apetite ao risco e queda expressiva do dólar.
O DI para janeiro de 2020 caiu de 6,74% para 6,72%. O DI para janeiro de 2021 encerrou na mínima de 7,75% ante 7,81% ontem. O DI para janeiro de 2023 passou de 9,21% para 9,08% hoje. O DI para janeiro de 2025 encerrou em 9,68% ante 9,83%.
Para quinta e sexta-feira.
No Brasil: Vendas a varejo, IGP-10 e Volume do setor de serviços.
Nos EUA: Vendas no varejo, Produção industrial, PMI Manufatura e Estoques de empresas.
Na China: Balança comercial, Investimento estrangeiro direto, Vendas no varejo, Produção industrial e Novos empréstimos.
Na Alemanha: IPC e PMI Manufatura.
Na França: IPC, PMI Manufatura.
Na zona do euro: BCE - decisão sobre política monetária.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 12.12.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e HAMILTON ALVES, CNPI-T, ambos integrantes do BB Investimentos
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