Diário do Mercado, 5ª Feira, 24.01.2019
Ibovespa supera 97 mil pts
Comentário.
Os ativos domésticos tomaram caminhos diferentes nesta 5ª feira, 24.01, pré-feriado em São Paulo. A bolsa destoou do dólar e dos juros encerrando o dia na máxima intradiária, renovando, pela 11ª no ano, seu recorde histórico de fechamento, alcançando também sua quinta semana positiva consecutiva.
O otimismo dos investidores ainda oriundo da fala austera do Ministro da Fazenda em Davos prevaleceu, apesar da elevação da aversão ao risco no mundo.
A desaceleração do crescimento global, principalmente na zona do euro, vem gerando cautela no exterior, que permanece com outras questões importantes e ainda sem resolução no radar, como o Brexit, a guerra comercial e o shutdown do governo norte-americano.
Retornando ao mercado doméstico, o dólar teve sessão volátil e fechou valendo R$ 3,77 (+0,21%), sofrendo correção ante a firme queda da véspera. Os juros futuros seguiram no mesmo ritmo e agregaram prêmios em toda curva, especialmente nos vencimentos de longo prazo.
Ibovespa.
O principal índice doméstico operou em alta durante toda a sessão e encerrou na sua máxima intradiária, acima dos 97 mil pts. Apenas 11 dos 65 papéis fecharam em queda. Suzano, Vale e Cielo lideraram os ganhos. Já na ponta oposta, destaques negativos para Magazine Luiza e Santanter.
O Ibovespa fechou aos 97.677 pts (+1,16%), acumulando alta de 11,14% no mês e no ano, e de 16,73% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 15,1 bilhões, sendo R$ 14,7 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 22 de janeiro (último dado disponível), houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 228 milhões, elevando o saldo positivo de janeiro para R$ 1,8 bilhão.
Agenda Econômica.
No Brasil, a arrecadação de impostos de dezembro foi de 141 bilhões, ante 119 bilhões em novembro, abaixo da projeção de mercado em R$ 144 bilhões.
Com o resultado, o país arrecadou R$ 1,457 trilhão em 2018, aumento real de 4,74% frente o total de 2017, quando o país arrecadou R$ 1,342 trilhão.
Na zona do euro, o BCE decidiu pela manutenção das taxas de juros, reiterando que estas devem permanecer inalteradas até o fim do verão europeu. Além disto, reafirmaram a intenção de reinvestir os valores obtidos com o QE.
Câmbio e CDS.
A divisa norte americana fechou com ligeira alta ante o real, distante, entretanto, da máxima do dia, quando o dólar chegou a se aproximar dos R$ 3,80. No exterior, a moeda ganhou força ante a maior parte das divisas, já boa parte das moedas emergentes avançaram.
O dólar comercial (interbancário) encerrou em R$ 3,7700 (+0,21%), acumulando uma queda de -2,71% no mês e uma alta de 18,93% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos caiu a 172 pontos ante 173 pontos da última sessão.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular em alta, principalmente nos vencimentos de longo prazo, acompanhando a valorização do dólar e a cautela no exterior.
O DI para janeiro de 2020 encerrou em alta de 6,46% ante 6,44% de ontem. O DI para janeiro de 2021 passou de 7,18% para 7,20% hoje. O DI para janeiro de 2023 encerrou em 8,36% frente 8,29%. O DI para janeiro de 2025 fechou em 8,87% ante 8,78% da véspera.
Para sexta-feira.
Brasil: Confiança do consumidor CNI e FGV e Dívida Pública Federal.
Para a semana que vem.
Brasil: IGP-M; Dados fiscais; Indicadores do mercado de crédito; Produção industrial; PMI;
EUA: Decisão Fomc; PIB; entre outros indicadores represados pelo shutdown, caso haja a resolução do mesmo.
Alemanha: IPC; PMI.
França: IPC; PMI; Japão: Produção industrial; PMI; China: PMI.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 14.01.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, integrante do BB Investimentos
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