Diário do Mercado na 3ª feira, 19.03.2019
Ibovespa testa máxima história mas sofre natural realização
Comentário.
O Ibovespa chegou a alcançar nova máxima histórica de pontuação, aos 100.438 pts, às 13:45h. Todavia, a partir daí, passou a sofrer realizações, basicamente, acompanhando a trajetória cadente do índice S&P500 (Wall Street).
A cautela na sessão terminou influenciada, internamente, pela provável entrega com ajustes do texto da parcela dos militares na reforma da previdência. Já, externamente, a precaução adveio da véspera da decisão do Fed sobre a taxa de juros norte-americana e de notícias que ainda não findaram as conversas entre EUA e China sobre o acordo comercial entre os países.
Assim, as bolsas de Nova York terminaram arrefecendo e terminando com sinais mistos, não distantes da estabilidade, contaminando o mercado acionário doméstico. Em suma, foi um pregão de realizações diante dos recentes recordes históricos do índice brasileiro.
No Brasil, neste panorama, o dólar comercial findou “de lado”, cotado a R$ 3,7890 (-0,05%). Já a curva da estrutura a termo da taxa de juros ficou quase estável em sua parte mais curta e decaiu em sua parte mais longa, mostrando otimismo futuro sobre os juros.
Vale lembrar que nesta quarta-feira haverá decisão do Copom sobre a taxa Selic – o consenso de mercado é de manutenção no atual piso histórico de 6,50% a.a., mas os agentes estarão monitorando o comunicado do comitê para tentar entender um possível comportamento futuro diferente.
Ibovespa.
O índice iniciou oscilante, mas pouco depois do meio dia engrenou uma trajetória ascendente, levando-o a atingir uma nova máxima histórica de pontuação. Depois, veio cedendo com naturais realizações e acompanhando o arrefecimento dos índices das bolsas norte-americanas.
O Ibovespa fechou aos 99.588 pts (-0,41%), acumulando +0,46% na semana, +4,19% no mês, +13,31% no ano e +18,68% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 17,717 bilhões, sendo R$ 17,244 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 14 de março (último dado disponível), houve entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 171,980 milhões, com o saldo positivo em R$ 669,6 milhões em março. O saldo negativo acumulado no ano baixou a R$ 425,2 milhões.
Agenda Econômica.
O IGP-M registrou variação +1,06% na segunda prévia de março, versus +0,55% no mesmo período do mês anterior. Entre seus componentes: IPA-M em +1,41% (IPA Agrícola em +3,39% e IPA Industrial em +0,76%) (+0,73% na 2ª prévia de fevereiro); IPC-M em +0,50% (+0,17% na 2ª prévia de fevereiro); e INCC-M +0,11% (+0,29% na 2ª prévia de fevereiro). O IPC-Fipe oscilou +0,56% na segunda quadrissemana de março, ante +0,54% da medição anterior.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário), na véspera da decisão do Fed sobre juros nos EUA, denotou um comportamento cauteloso no mercado doméstico. A moeda encerrou “de lado”, cotada a R$ 3,7890 (-0,05%), acumulando variações de -0,81% na semana, +0,96% no mês, -2,22% no ano e +15,31% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil arrefeceu a 150 pts, de 153 na véspera.
Juros.
Os futuros futuros findaram a sessão regular estáveis na ponta curta e em baixa na ponta longa de sua curva de estrutura a termo, com alguns contratos renovando seus pisos históricos. O aumento do apetite ao risco visto no mercado externo influenciou diretamente no encerramento mais baixo das taxas longas.
O DI para janeiro de 2021 fechou em 6,90% de 6,92%. Já tanto o DI janeiro/2023, como o DI janeiro/2025 atingiram suas mínimas histórica, fechando respectivamente em 7,96% (8,00% antes) e em 8,49% (8,54% antes).
Para a semana
Brasil: COPOM – decisão da Taxa Selic, Confiança industrial CNI, Coleta de impostos e Criação de empregos formais.
EUA: FOMC - Decisão da taxa de juros, Índice antecedente, PMI Manufatura e Vendas de casas já existentes.
Europa: BoE (Bank of England) - Taxa do Banco da Inglaterra (Reino Unido) e PMI Manufatura (Alemanha, França e zona do euro).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 19.03.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, do BB Investimentos
Artigos sobre Franchising e Mercados, Economia, Finanças e Gestão
Artículos en espanhol
Articles en français
Articles in English
Colunistas
Artes, Cultura e Variedades
Feiras e Eventos
Responsabilidade Sócio-Ambiental
Economia e Finanças
Política
Internacional
Meio Ambiente
Empresas Fornecedoras
