Diário do Mercado na 2ª feira, 01.04.2019
Mercados acionários progridem apoiados em dado melhor da China
Comentário.
O Ibovespa evoluiu pelo terceiro pregão consecutivo, acumulando valorização de cerca de 4,5% neste período, após tendência declinante até o recente dia 27 de março.
Internamente, a trégua política tem sido fundamental para este comportamento, com os agentes dando um voto de confiança para o andamento da reforma da previdência na Câmara dos Deputados.
Externamente, apesar dos riscos que envolvem a saída do Reino Unido (Brexit) da União Europeia e de um desfecho mais consistente de um acordo comercial entre EUA e China, a percepção de um certo abrandamento em relação à expectativa de desaceleração econômica global trouxe alívio neste instante para os mercados bursáteis.
Melhores dados industriais da economia chinesa, a segunda maior do mundo, levantaram o humor dos investidores e fomentaram positivamente os mercados acionários pelo mundo, com destaque para o setor de siderurgia e mineração. Tanto os índices das bolsas de Nova York, como os na Europa avançaram, contribuindo favoravelmente com os demais.
No Brasil, o dólar comercial findou em R$ R$ 3,8740 (-1,07%). Os juros futuros recuaram como um todo, alinhados com o comportamento doméstico da moeda norte-americana.
Ibovespa.
O índice abriu ascendente, no primeiro pregão do segundo trimestre, e esteve mais pujante até por volta das 14h. A partir daí, mesmo arrefecendo um pouco terminou se mantendo acima dos 96 mil pts. O setor de siderurgia e mineração foi o destaque do dia, alicerçado na notícia de melhor dado industrial da China.
O Ibovespa fechou aos 96.054 pts (+0,67%), acumulando +0,67% no mês, +9,29% no ano e +12,52% em 12 meses. O prévio giro financeiro da Bovespa foi de R$ 13,4 bilhões, sendo R$ 13,0 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 28 de março (último dado disponível), houve saída líquida de capital estrangeiro de R$ 748,878 milhões, acumulando R$ 2,458 bilhões em março e R$ 1,363 bilhão no ano.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana encerrou em baixa ante ao real, refletindo o cenário de maior apetite ao risco no exterior.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,8740 (-1,07%), acumulando variações de -1,07% no mês, -0,03% no ano e +17,29% em 12 meses.
Risco Pais.
O risco medido pelo CDS Brasil baixou a 171 pts versus 180 pts anterior.
Juros.
Os juros futuros terminaram a sessão regular em baixa, sincronizado com o melhor humor interno, após a divulgação dos dados positivos da economia chinesa, reduzindo o receio de maior desaceleração global.
Agenda Econômica.
A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 4,990 bilhões em março, com US$ 18,120 bilhões em exportações e US$ 13,130 bilhões em importações. No ano, passou a acumular saldo positivo em US$ 10,889 bilhões, com US$ 53,026 bilhões em exportações e US$ 42,138 bilhões em importações. O PMI Manufatura cedeu a 52,8 pts em março versus 53,4 pts em fevereiro.
Na China, no final de semana passada (30/março), o PMI manufatura oficial subiu a 50,5, em março, contra 49,2 em fevereiro – acima do consenso de 49,6.
Para a semana
Brasil: Produção industrial; Utilização da capacidade; Confiança do Consumidor CNI; IPC-Fipe mensal; e Vendas, produção e exportação de veículos da Anfavea.
EUA: Payroll (criação de vagas na economia) e Taxa de desemprego. Alemanha: PMI manufatura e Produção industrial.
França e Reino Unido: PMI manufatura.
Zona do Euro: Taxa de desemprego.
China: PMI composto e serviços.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 2ª feira, 01.04.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos.