Diário de Mercado na 2ª feira, 02.03.2020
Ibovespa avança, acompanhando mercados externos positivos
Comentário.
O índice doméstico teve um segundo pregão favorável, depois da abrupta queda da semana anterior, seguindo os positivos índices acionários de nova York. Em suma: nesta terça-feira, os ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais do grupo chamado G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido, além da União Europeia) estarão reunidos.
Assim, em contraponto aos adversos efeitos econômicos globais do coronavírus, os agentes passaram a ter entendimento que poderá haver uma ação coordenada geral de política monetária, com possível reduções de juros entre as maiores economias do mundo.
Neste aspecto, a projeção majoritária de mercado agora é que o Fed corte a taxa de juros norte-americana, que está no intervalo entre 1,50% e 1,75%, já em sua próxima decisão no dia 18 deste mês de março.
Consequentemente, a aversão ao risco, medida pelo VIX index, que ainda se encontra em patamar elevado (acima de 30), cedeu para 33,42 pts ante 40,11 pts da sexta-feira passada, refletindo o melhor humor dos investidores, que foram às compras nos mercados de renda variável pelo mundo.
No Brasil, o dólar comercial registrou seu oitavo recorde seguido, fechando a R$ 4,4870 (+0,20%). Os juros futuros tiveram abrupta queda, com destaque os contratos intermediários.
Ibovespa.
O índice abriu oscilante, chegando a ficar levemente negativo, mas por volta do meio dia e meia firmou-se em tendência positiva, colando sua trajetória no índice S&P500 até a hora final. As ações da Petrobras e da Vale, ligadas ao preço de commodities, que haviam sido destaques de baixas nos recentes pregões, se sobressaíram ponderadamente no dia.
O Ibovespa fechou aos 106.625 pts (+2,36%), acumulando +2,,6% no mês, -7,80% ano e +12,71% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 32,5 bilhões, sendo R$ 30,0 bilhões no mercado à vista
Capitais Externos na Bolsa
No dia 27 de fevereiro, a Bovespa registrou saída líquida de R$ 2,706 bilhões em capital estrangeiro, acumulando saldos negativos de -R$ 18,457 bilhões no mês e de -R$ 37,615 bilhões no ano.
Agenda Econômica.
No Brasil, o PMI manufatura subiu para 52,3 pts em fevereiro ante 51,0 de janeiro. a balança comercial apresentou superávit de US$ 3,096 bilhões em fevereiro, com exportações de US$ 16,355 bilhões e importações de US$ 13,259 bilhões.
Na China, o PMI manufatura (Caixin) registrou retração para 40,3 pts em fevereiro versus 51,1 pts em janeiro – consenso em 46,0.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) denotou seu oitavo recorde histórico de fechamento consecutivo, com os agentes procurando “proteção” internamente.
A moeda fechou a R$ 4,4870 (+0,20%), acumulando +0,20% no mês, +11,84% no ano e +18,67% em 12 meses.
Risco País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) baixou a 127 pts ante 132 pts anterior.
Juros.
Os juros futuros recuaram com firmeza, derrubando como um todo a sua curva de estrutura a termo, com destaque para os contratos intermediários, na esteira da visão que poderá haver queda generalizada das taxas pelo mundo, sendo que diversos vencimentos recuaram para suas mínimas históricas.
Em relação ao pregão anterior, assim findaram as taxas:
DI janeiro/2021 em 3,97% de 4,10%;
DI janeiro/2022 em 4,36% de 4,59%;
DI janeiro/2023 em 4,97% de 5,24%;
DI janeiro/2024 em 5,52% de 5,79%;
DI janeiro/2025 em 5,90% de 6,14%;
DI janeiro/2027 em 6,41% de 6,63%.
Agenda. vide página 3.
Empresas. Calendário de Balanços de Empresas 4T19 – vide página 4.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análsie do comportamento do mercado na 2ª feira, 02.03.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos
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