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Investimentos

13 de Janeiro de 2015 as 23:01:29



INVESTIMENTOS - RENDA FIXA - 2014, Um ano fora da curva


RENDA FIXA - Relatório de Mercado
Um ano fora da curva 
 
O ano de 2014 mostrou-se atípico, não apenas em âmbito internacional – com antigas e novas tensões geopolíticas, permeadas de estímulos econômicos de autoridades monetárias –, mas também no Brasil, acompanhando um calendário inédito, celebrado pela Copa do Mundo e pela realização de eleições. 
 
Nesse contexto, os principais emissores concentraram suas colocações nos meses que antecederam a Copa do Mundo e, tendo em mente também a realização de eleições, priorizaram as emissões de prazos mais curtos, por meio de notas promissórias. Com isto, os tradicionais tomadores de recursos no mercado de capitais, que integram especialmente  os setores elétrico e de infraestrutura, puderam efetivar a captação em cenário de maior previsibilidade e taxas menos onerosas. 
 
Paralelamente, também os bancos aproveitaram o início do ano para dar continuidade às emissões de letras financeiras, em face de sua ampla aceitação pelos gestores de ativos e investidores de modo geral. Ocupando o espaço das debêntures nos balanços de bancos – visto que, no País, as instituições bancárias não são autorizadas a emiti-las –, as letras financeiras têm desempenhado importante função desde a sua criação em abril de 2010, não apenas pelo estrito provimento de funding, mas, especialmente, pelo alongamento dos prazos da captação, com a consequente estabilização das condições de liquidez dos bancos (em particular, os de menor porte).
 
Entretanto, o mercado externo foi o que reuniu as melhores oportunidades para os emissores brasileiros, em parte, favorecidos pela perspectiva de reduzidos retornos dos títulos norte-americanos e, em parte, pelas elevadas taxas brasileiras, em contexto de grau de investimento. Casos específicos, como a emissão da Votorantim Cimentos, ilustram a tendência de realinhamento de passivos, visando ao resgate total das colocações anteriores e à sua substituição por títulos mais longos. Outros emissores também se aproveitaram do contexto, como Gerdau, Minerva, Marfrig, JBS e Braskem, por exemplo, que se utilizaram dos novos recursos para recomprar títulos anteriores e efetuar novas captações, mediante taxas menos onerosas, prazos mais longos e cláusulas financeiras mais favoráveis. Dessa forma,mesmo sem contar com necessidades iminentes de caixa, diversos emissores nacionais anteciparam-se a um possível cenário de alta da taxa básica norte-americana, aguardada pelo mercado naquele momento.
 
Ao final do ano, porém, os mercados se retraíram. Seja por movimentos globais de aversão ao risco, seja por realinhamento estratégico dos agentes, os meses de outubro e dezembro não registraram nenhuma emissão externa (segundo dados publicados pela Anbima). E, no mês de novembro, apenas duas captações (Banco Safra, no valor de US$ 130 milhões, e Rio Oil Finance Trust, em US$ 1.100 milhões). Em debêntures, acima de R$ 300 milhões, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez emitiram em novembro. No mês seguinte, foram as securitizadoras Cia. Paulista de Securitização e RB Capital (com R$ 5.918,6 milhões e R$ 1.579,6 milhões, respectivamente).
 
Em suma, conforme detalhado a seguir, o cenário atual é de bastante volatilidade das taxas referenciais do mercado de renda fixa, acompanhada de baixos volumes de emissão primária de dívida, tanto doméstica quanto externa – além de sucessivos recuos de liquidez no mercado secundário de debêntures. 

Confira no anexo a íntegra do relatório RENDA FIXA, assinado por RICARDO ODO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS


Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RICARDO ODO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS





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