Serguêi Lavrov ressaltou a promessa do presidente Barack Obama de renunciar aos planos de instalar sistemas de defesa antimísseis na Europa, caso o programa nuclear iraniano fosse regulamentado
Os presidentes da Rússia, Vladímir Pútin, e dos EUA, Barack Obama, discutiram por telefone, na 4ª feira, 15.07, o acordo nuclear entre o Irã e o chamado grupo P5+1 (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha).
Ambos concordaram que o acordo foi em interesse do mundo como um todo, divulgou o Kremlin, após a conversa.
Em nota, o governo afirma que contato telefônico partiu do líder norte-americano e que os dois lados reforçaram o papel do diálogo entre Rússia e EUA para garantir a segurança e a estabilidade mundial.
“Moscou e Washington demonstraram disposição para trabalhar em conjunto e garantir que os acordos de Viena sobre o programa nuclear iraniano sejam cumpridos”,
lê-se no comunicado do Kremlin.
A Casa Branca, que também emitiu uma nota sobre a conversa, disse que Obama havia telefonado a Pútin para agradecê-lo por sua contribuição no recente acordo nuclear com o Irã.
Também acrescenta que Obama e Pútin concordaram em permanecer em contato direto enquanto o acordo for implementado, além de trabalhar em conjunto para reduzir tensões no Oriente Médio, sobretudo na Síria.
Na última 3ª feira, 14.07, em Viena, os sete membros do grupo de discussão chegaram a um acordo sobre o cancelamento gradual de sanções internacionais impostas ao iranianos.
Em troca, Teerã se comprometeu a promover grandes restrições em seu o programa nuclear, que, segundo o Ocidente, tem por objetivo a criação de armas nucleares.
Promessas
Em coletiva à imprensa sobre o acordo nuclear com o Irã, o chanceler russo Serguêi Lavrov ressaltou a promessa do presidente Barack Obama de renunciar aos planos de instalar sistemas de defesa antimísseis na Europa, caso o programa nuclear iraniano fosse regulamentado.