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Internacional

Quinta-Feira, Dia 21 de Março de 2019 as 02:03:20



OTAN - Entrada do Brasil, mostra submissão de Bolsonaro a Trump, avalia analista


Eventual entrada do Brasil na OTAN mostra submissão de Bolsonaro a Trump, diz analista
 
A possível entrada do Brasil na OTAN Aliança do Atlântico Norte contraria os interesses do Estado brasileiro e implica na defesa dos interesses dos EUA - que não são os mesmos do Brasil.
 
A avaliação é do professor Diego Pautassodo Colégio Militar de Porto Alegre.
 
Durante a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) a Washington, nos EUA, foi ventilada a possibilidade de tornar o Brasil aliado preferencial da OTAN. Na Casa Branca, Donald Trump disse que "pretende indicar" o Brasil para a posição.
 
O cargo de aliado preferencial marca uma cooperação especial na área militar, com benefícios econômicos, mas está longe de carregar o mesmo peso de Estado-membro — que define uma obrigação de cooperação militar em caso de ataque contra um dos 28 países-membros do bloco.
 
Segundo a Folha de S. Paulo, a possibilidade do Brasil ser Estado-membro da OTAN foi discutida a portas fechadas e teria apoio do conselheiro de segurança nacional dos EUA John Bolton.
 
Caso o Brasil torne-se parte da OTAN, será o primeiro país do BRICS na Aliança do Atlântico Norte.
 
Diego Pautasso enxerga a associação com "preocupação". A entrada na OTAN "rompe com tradição da política externa brasileira, de não alinhamento, de autonomia e de multilateralidade. E nos faz comprar uma agenda securitária, dos EUA, que é de rivalidade com China, Rússia, Irã, com o terrorismo. Isso não tem absolutamente nenhuma convergência com nossa agenda internacional. E acaba por acelerar a desintegração da integração latino-americana que vinha sendo construída com avanços lentos e graduais desde o Mercosul e havia se aprofundado com a Unasul", diz o pesquisador.
 
A Alemanha ressaltou que para um país entrar no OTAN é necessário a aprovação unânime de todos os membros e a contribuição "para a segurança do bloco do Atlântico Norte".
 
Já a França emitiu nota em que parece rejeitar o plano de Trump e Bolsonaro. O texto diz que o regulamento da OTAN define "escopo geográfico específico de aplicação" para integrar o bloco. No artigo 10 do tratado de constituição do bloco é estabelecido que o convite a "qualquer outro Estado Europeu" deve ser aprovado por todos os Estados-membros.
 
No ano passado, a Colômbia juntou-se à OTAN como parceira global. A medida ocorreu em meio a escalada da tensão com a vizinha Venezuela.
 
Nos EUA, Bolsonaro deixou no ar a possibilidade de uma ação militar na Venezuela. O mandatário brasileiro seguiu a linha de Trump ao dizer que todas as possibilidades são consideradas.
 
O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, classificou as declarações como "apologia da guerra" por uma "aliança neofascista".
 
A possível ação militar brasileira desagrada a cúpula dos militares que integram o governo Bolsonaro, aponta reportagem publicada pela Folha de S. Paulo.
 
O vice-presidente, Hamilton Mourão, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, já se pronunciaram publicamente contra uma aventura militar contra Caracas.  Pautasso acredita que a discussão sobre Venezuela, OTAN e Brasil mostra as diretrizes da política externa da Casa Branca.
 
"Há um movimento, que não é de hoje, de enquadrar toda a América Latina dentro do escopo securitário e político norte-americano, isso vem lá desde a Doutrina Monroe, e nos anos 1990 foi revitalizado do ponto de vista econômico com a Alca [Área de Livre Comércio das Américas]. E agora com essa tentativa de expandir a OTAN para a Colômbia, e eventualmente com parcerias com o Brasil",
 
afirma o pesquisador do Colégio Militar de Porto Alegre.
 
Críticas de Trump à OTAN
 
Trump é um crítico público da OTAN. O presidente dos EUA defende que os membros do tratado aproveitam-se da proteção oferecida por Washington e não investem o suficiente em defesa e nas suas forças armadas.
 
Antes de assumir a Casa Branca, Trump chegou a dizer que a OTAN é "obsoleta" e colocou em cheque, em 2018, uma das regras do bloco que estabelece que um ataque contra um membro da OTAN é um ataque contra todos os países-membros.
 
 


Fonte: SPUTINIK NEWS





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