Após a junta militar proclamar, sem qualquer prova, a existência de corrupção no processo eleitoral, em que foi perdedor nas eleições legislativas de novembro/2020, o partido do exército, o porta-voz das Forças Armadas de Mianmar, o general Zaw Min Tun, afirmou que o objetivo da junta militar é realizar eleições e entregar o poder político ao partido vencedor.
Invertendo a realidade dos fatos e das responsabilidade, porta-voz da junta militar, o general de brigada Zaw Min Tun, afirmou que os protestos em andamento no país contra os militares estão incitando à violência e fazendo pressão ilegal sobre os servidores públicos civis.
O militar representante da junta golpista afirmou que as Forças Armadas do país irão garantir a realização de novas eleições. Contudo, o general não anunciou data das novas eleições e o país segue em estado de emergência com duração de um ano.
Respondendo à grande pressão internacional contrária ao golpe militar, o general afirmou que os militares do país "não tiveram nenhum outra opção" a não ser a tomada do poder.
Enquanto isso, os militares afirmam que continuarão o caminho do acordo de "cessar-fogo nacional".
Militares no poder
Em 1°.02.2021, sob a alegação de fraude nas eleições legislativas de novembro/2020, os militares de Mianmar prenderam o presidente Win Myint, a líder Aung San Suu Kyi e outros líderes políticos. Aung San Suu Kyi integra o partido vencedor daquelas eleições legislativas, a Liga Nacional para a Democracia (NLD), foi vencedora do Prêmio Nobel da Paz, em 1991, e exerce a secretaria-geral da Liga Nacional pela Democracia. Aos 75 anos, é a terceira filha de Aung San, considerado o "pai da Birmânia moderna", o antigo nome do país Mianmar.
O movimento golpista dos militares desencadeou protestos contra a classe militar tanto no país, quanto no exterior.
Por sua vez, os EUA anunciaram na 4ª feira, 10.02, sanções contra a liderança militar.