O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo bloqueou as contas bancárias dos sindicatos dos Metroviários e dos Engenheiros para assegurar o pagamento da multa que foi aplicada a ambos por causa da greve no metrô. A decisão é do desembargador Rafael Pugliese.
O desembargador considerou a greve abusiva e, no domingo, 08.06, determinou o imediato retorno ao trabalho, estipulando multa diária de R$ 500 mil aos sindicatos em caso de descumprimento da decisão. Na semana passada, a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério já havia determinado multa no valor de R$ 100 mil por dia por causa da paralisação do metrô.
A greve dos metroviários teve início 5ª feira, 05.06, e foi suspensa temporariamente na 2ª feira, 09.06, pelos dois sindicatos. Na 4ª feira, 11.06, uma nova assembleia de trabalhadores do metrô decidirá se a paralisação será retomada na 5ª feira, 12.06, dia da abertura da Copa do Mundo em São Paulo.
Do Sindicato dos Metroviários, Pugliese determinou o bloqueio de R$ 900 mil. De início, o valor pedido era R$ 3 milhões, mas, na manhã de hoje, o desembargador reviu o valor porque a greve foi suspensa na noite de na 2ª eira, 09.06.
Do Sindicato dos Engenheiros, foram bloqueados R$ 400 mil. O total bloqueado na conta do Sindicato dos Metroviários deve-se ao valor da multa aplicada nos primeiros quatro dias de greve (R$ 400 mil), acrescido da multa de R$ 500 mil pelo prosseguimento da greve ontem.
A multa recebida pelo Sindicato dos Engenheiros é referente aos primeiros quatro dias de greve, uma vez que a categoria decidiu voltar ao trabalho domingo. Pela determinação do desembargador, caso a greve seja reiniciada quinta-feira, novos valores deverão ser bloqueados dos sindicatos.