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Política

17 de Setembro de 2015 as 19:09:41



STF proíbe doações empresariais a campanhas políticas


Supremo proíbe doações de empresas para campanhas políticas
 
 
O STF Supremo Tribunal Federal decidiu nesta 5ª feira, 17.09, proibir o financiamento privado de campanhas políticas.
 
A Corte encerrou o julgamento, iniciado em 2013, de uma ação da OAB  Ordem dos Advogados do Brasil, que questionou artigos da Lei dos Partidos Políticos e da Lei das Eleições. 
 
Esses artigos autorizam as doações de empresas para partidos políticos e candidatos. Por oito votos a três, o Supremo entendeu que as doações desequilibram a disputa eleitoral.
 
Com a decisão do STF, as doações de empresas nas eleições passam a ser proibidas.
 
No entanto, a polêmica sobre o assunto não está encerrada. Semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei para regulamentar as contribuições. 
 
O texto aguarda decisão da presidenta Dilma Rousseff sobre sanção ou veto. Se a presidenta sancionar a lei, será preciso uma nova ação para questionar a validade das doações no Supremo, devido a posição contrária adotada pelo tribunal. 
 
Para entrar em vigor nas eleições municipais do ano que vem, eventual sanção deve ser efetivada até 2 de outubro, um ano antes do primeiro turno do pleito.
 
Os três últimos votos sobre a questão foram proferidos na sessão desta 5ª feira. O decano da Corte, ministro Celso de Mello, aafirmou que as empresas podem fazer doações e defender seus interesses no Legislativo. No entanto, limites de contribuições são necessários para coibir abusos.
 
“A Constituição não tolera a prática abusiva, o exercício abusivo do poder econômico.”
 
A ministra Carmen Lúcia votou contra a continuidade do financiamento privado de campanhas políticas. Para a ministra, a influência das doações desiguala a disputa eleitoral entre os partidos e internamente, pois o candidato passa a representar os interesse das empresas e não do cidadão em sua função pública.
 
Para a ministra Rosa Weber, o poder econômico das doações de empresas desequilibra o jogo politico.
 
“A influencia do poder econômico culmina por transformar o processo eleitoral em jogo político de cartas marcadas, que faz o eleitor um fantoche.”
 
A maioria dos ministros acompanhou o voto do relator, Luiz Fux, proferido no ano passado. Segundo o ministro, as únicas fontes legais de recursos dos partidos devem ser doações de pessoas físicas e repasses do Fundo Partidário, garantidos pela Constituição.
 
Pela regra atual, as empresas podem doar até 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior ao da eleição. Para pessoas físicas, a doação é limitada a 10% do rendimento bruto do ano anterior.
 
O fim do financiamento privado recebeu votos do relator, ministro Luiz Fux, e dos ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Joaquim Barbosa (aposentado), Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Carmen Lúcia. Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Celso de Mello votaram a favor das doações de empresas. Edson Fachin não votou, porque substituiu Barbosa.


Fonte: Agência Brasil





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