Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

17 de Maio de 2018 as 16:05:47



COPOM Quando os fatos mudam


COPOM: Quando os fatos mudam - 16.03.2018
 
 
O Copom decidiu encerrar o ciclo de cortes com a taxa Selic inalterada em 6,50% (nós esperávamos um pequeno ajuste final de 0,25pp). De acordo com o comunicado, a decisão foi baseada na alteração do balanço de riscos decorrente da reversão do cenário externo.
 
Teremos mais sinais sobre o racional por trás da decisão de hoje na ata da reunião que será divulgada na terça-feira, 22 de maio (8:00, horário de Brasília), mas aparentemente 6,5% será o piso para a Selic e o próximo movimento, quando ocorrer, será de alta.
 
 
 
Detalhes
 
No comunicado, o Comitê avaliou que os dados mais recentes de atividade econômica mostraram arrefecimento, mas ainda apontam para uma recuperação consistente, embora gradual. O cenário externo não é mais descrito como favorável pelo Copom, e sim como mais desafiador e mais volátil.
 
Em particular, os riscos externos, em grande parte relacionados à normalização das taxas de juros em economias avaçadas, levaram, segundo o comitê, a ajustes nos mercados financeiros internacionais e a uma redução do apetite de risco em relação a economias emergentes.
 
O Copom avalia que a evolução da inflação permanece favorável, com várias medidas de inflação subjacente ainda em níveis baixos, incluindo os componentes mais sensíveis à política monetária (isto é, preços de serviços).
 
As expectativas de inflação, segundo a Pesquisa Focus do Banco Central, recuaram para 3,5% para 2018 (de 3,6% no relatório de inflação) e para 4,0% para 2019 (de 4,2%), enquanto permaneceram em 4,0% para 2020.
 
Com relação às projeções do próprio Copom, a inflação no cenário de mercado teve queda significativa para 3,6% para 2018 (de 3,8%) e para 3,9% em 2019 (de 4,1%), supondo que a taxa de juros encerre 2018 em 6,25% e 2019 em 8% e com a taxa de câmbio em R$/US$ 3,40 ao final de 2018 e de 2019.
 
Com juros constantes em 6,50% e taxa de câmbio em R$/US$ 3,60 (valor médio dos cinco dias úteis até a sexta-feira anterior à reunião), as projeções situam-se ao redor de 4,0% tanto para 2018 quanto para 2019.  
 
O Copom enfatiza que em seu cenário central permanecem fatores de risco tanto para cima quanto para baixo. O principal risco de baixa para a inflação vem da persistência, através de mecanismos inerciais, dos baixos níveis atuais de inflação.
 
Os riscos de alta incluem a frustração da agenda de reformas econômicas, que afetaria os prêmios de risco, pressionando a inflação para cima, além da continuidade da reversão do cenário externo para economias emergentes – este último um risco que se intensificou desde a última reunião, segundo o comitê.
 
O Copom repetiu a consideração de que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural (leia-se neutra). Também destacou, mais uma vez, que as reformas e ajustes necessários contribuem para reduzir as estimativas da taxa de juros estrutural.
 
O comitê decidiu manter a taxa Selic inalterada em 6,50%, ao invés de implementar um último corte para 6,25%, citando principalmente a alteração no balanço de riscos para a inflação decorrente da reversão do cenário externo.
 
O Copom comunicou que estes choques devem ser combatidos apenas no impacto secundário que poderão ter na inflação, mas argumentou que também podem alterar o balanço de riscos ao reduzir as chances de a inflação ficar abaixo da meta no horizonte relevante.
 
Teremos mais sinais sobre o racional por trás da decisão de hoje na ata da reunião que será divulgada na terça-feira, 22 de maio (8:00, horário de Brasília), mas aparentemente 6,5% será o piso para a Selic e o próximo movimento, quando ocorrer, será de alta.


Fonte: ITAU BBA Analises Economicas





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
RESTITUIÇÃO DE IR - Receita abre consulta a Lote Residual 21/03/2024
RESTITUIÇÃO DE IR - Receita abre consulta a Lote Residual
 
DÍVIDAS DOS ESTADOS: Proposta de Renegociação na próxima semana 20/03/2024
DÍVIDAS DOS ESTADOS: Proposta de Renegociação na próxima semana
 
DÓLAR cai 1,09% a R$ 4,97 em 20.03; IBOVESPA  sobe 1,25% a 129.185 pts 20/03/2024
DÓLAR cai 1,09% a R$ 4,97 em 20.03; IBOVESPA sobe 1,25% a 129.185 pts
 
SELIC - COPOM reduz juros básicos da economia para 10,75% ao ano 20/03/2024
SELIC - COPOM reduz juros básicos da economia para 10,75% ao ano
 
PIX - BC comunica Vazamento de Dados Cadastrais de 46 mil Chaves PIX 19/03/2024
PIX - BC comunica Vazamento de Dados Cadastrais de 46 mil Chaves PIX
 
RECEITA libera Programa para atualizar Valor de Bens no Exterior 19/03/2024
RECEITA libera Programa para atualizar Valor de Bens no Exterior
 
PL que muda Impostos sobre Aplicações Financeiras enviado à Casa Civil 19/03/2024
PL que muda Impostos sobre Aplicações Financeiras enviado à Casa Civil
 
DÓLAR sobe 0,57% a R$ 5,026; IBOVESPA alcança 126.954 pontos 18/03/2024
DÓLAR sobe 0,57% a R$ 5,026; IBOVESPA alcança 126.954 pontos
 
JUROS DO CONSIGNADO a Aposentados são reduzidos para 1,7% ao mês 14/03/2024
JUROS DO CONSIGNADO a Aposentados são reduzidos para 1,7% ao mês
 
GOVERNO antecipa 13º SALÁRIO de Aposentados e Pensionistas 14/03/2024
GOVERNO antecipa 13º SALÁRIO de Aposentados e Pensionistas
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites