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Economia e Finanças

19 de Fevereiro de 2021 as 22:02:09



PETROBRAS Bolsonaro demite presidente da Estatal


Gen.Joaquim Silva e Luna, o novo presidente da Petrobras
Gen. Joaquim Silva e Luna foi escolhido para substituir Roberto Castelo Branco na presidência da Petrobras. Boatos indicam que toda a diretoria seria demissionária.
 
O presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite desta 6ª feira, 19.02, a indicação de novo nome para a presidência da Petrobras. Em postagem nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou uma nota oficial do MME Ministério das Minas e Energia que informa a indicação do general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco, que está no cargo desde o início do governo, em janeiro de 2019.
 
"O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco", 
 
diz a nota, assinada pela Assessoria de Comunicação Social do MME.
 
Silva e Luna foi ministro da Defesa no governo Michel Temer e, desde janeiro de 2019, ocupa o cargo de diretor-geral da Itaipu Binacional, empresa pública dirigida pelos governos do Brasil e do Paraguai, responsável pela gestão da usina hidrelétrica. 
 
A mudança na Petrobras ocorre em meio a recentes aumentos no preço dos combustíveis e um dia depois do governo anunciar que vai zerar os impostos federais que incidem sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) – o gás de cozinha – e o óleo diesel.
 
No início da tarde, durante um compromisso oficial no interior de Pernambuco, Bolsonaro voltou a criticar os reajustes frequentes no preço dos combustíveis e prenunciou mudanças que faria na Petrobras, mas sem abrir mão da atual política de preços da companhia. 
 
“Anuncio que teremos mudança sim na Petrobras. Jamais vamos interferir nesta grande empresa e na sua política de preços, mas o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes”, 
 
afirmou.
 
O conselho de administração da Petrobras ainda precisa aprovar o nome do general Joaquim Silva e Luna, podendo também barrá-lo. Todavia, o Governo Federal possui maioria no colegiado de 11 membros.
 
Castelo Branco foi Indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no fim de 2018 para um mandato de dois anos até 20.03.2019. Na próxima 2ª feira, dia 23.02, já estava marcada a reunião do conselho de administração da Estatal para deliberar sobre a recondução de Castelo Branco para mais um mandato de dois anos.
 
Nota da Redação JF
 
Absurdos de Castelo Branco
 
Dentre os absurdos da gestão Castelo Branco à frente da Petrobrs, ele conduzia a venda de ativos estratégicos históricos da Petrobras, entre eles as 8 refinarias, o corebusiness da grande empresa brasileira, sob a estúpida alegação de que o corebusiness da Empresa passou a ser a extração de petróleo. Contraditoriamente, vendeu plataformas de petróleo a preço muito abaixo do valor de mercado, com o que enfraqueceu e prestou desserviço ao dito novo corebusiness da Empresa.
 
A Petrobras anunciou na 5ª feira, 18.02, aumento do preço da gasolina, o quarto desse ano, e do diesel, que acumula três altas em 2021. O litro da gasolina nas refinarias subiu 34,78% desde o início do ano. O diesel teve alta de 27,72% no mesmo período. 
 
A Petrobras afirma que alinha o preço dos combustíveis com os valores praticados no mercado internacional. A estatal explicou que esse alinhamento de preços "é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras".
 
A Petrobas vendeu sua rede de postos de distribuição de combustíveis, a Petrobras Distribuidora. De modo que deixou de ser estratégica nacional a decisão de abrir postos de combustíveis em regiões muito distantes e com pouca atratividade. As redes privadas de postos de combustíveis tomam essa decisão exclusivamente em razão da rentabilidade estimada oferecida pelo pacto de reajuste de combustíveis conforme o mercado internacional.
 
Diante da argumentação do Planalto de que o reajuste dos combustíveis, notadamente do preço do diesel, desencadearia a greve dos caminhoneiros, a presidência da Petrobras teria respondido que greve de caminhoneiros não é problema da Petrobras. 


Fonte: AGENCIA BRASIL, com chamada de capa da Redação JF





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