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Economia e Finanças

Terça-Feira, Dia 11 de Janeiro de 2022 as 18:01:50



GASOLINA subiu 47,49%, o ETANOL, 62,23%, e o GÁS de Botijão, 36,99%, em 2021


Gasolina sobe 47,49% e gás de botijão, 36,99% em 2021, diz IBGE
 
Inflação oficial, medida pelo IPCA, subiu 10,06% no ano
 
A inflação oficial de 10,06%, em 2021, medida pelo IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, foi puxada pela aumento de 21,03% no grupo Transportes.
 
Em 2020, o IPCA fechou o ano com alta de 4,52%. De acordo com o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o grupo foi afetado em 2021 principalmente pelos combustíveis.
 
O gerente do IPCA, Pedro Kislanov, destaca que, de longe, o principal impacto no índice anual foi da gasolina, que correspondeu a 2,34 pontos percentuais.
 
Apesar da queda registrada em dezembro, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021 e o etanol, de 62,23%.
 
“Em dezembro, houve queda de 0,67% na gasolina, principalmente pela redução do preço nas refinarias no dia 15 de dezembro. E o etanol, que normalmente acompanha a gasolina, uma queda de 2,96%. Foi a primeira queda em ambos depois de sete meses consecutivos de alta”,
 
disse Kislanov.
 
Preço dos automóveis
 
No ano, o preço dos automóveis novos subiu 16,16% e o dos usados, 15,05%. O aumento foi provocado pelo desarranjo na cadeia produtiva do setor automotivo, que não conseguiu acompanhar a retomada da demanda global.
 
Os transportes por aplicativo ficaram 33,75% mais caros e as passagens aéreas, 17,59%.
 
Habitação
 
No grupo Habitação, que subiu 13,05% em 2021, a principal alta foi na energia elétrica, com acumulado de 21,21% no ano. De acordo com Kislanov, houve progressão das bandeiras de sobretaxa na tarifa doméstica, além de reajustes tarifários.
 
Os quatro primeiros meses do ano foram com bandeira amarela, que acrescentava R$ 1,343 a cada 100 KwH consumidos, lembrou Kislanov.
 
“Em maio, foi acionada a bandeira vermelha patamar 1 [R$ 4,169]; em junho, a vermelha patamar 2 [R$ 6,243]; em julho, o valor dessa bandeira aumentou para R$ 9,492 e, em agosto, manteve-se essa bandeira. Com o agravamento da crise hídrica, criou-se a bandeira de escassez hídrica, com acréscimo de R$ 14,20, que foi mantida desde então e deve permanecer até abril.”
 
O segundo maior impacto no grupo foi o item gás de botijão, que subiu 36,99% em 2021, mas acumulou 48,76% de aumento desde junho de 2020.
 
Alimentação e bebidas
 
No grupo Alimentação e Bebidas, houve variação de 7,94% em 2021, menor do que a alta de 14,09% no ano anterior, quando esse item teve o maior impacto na inflação. O café moído subiu 50,24%, prejudicado pela geada nas regiões produtoras, e o açúcar refinado, 47,87%, com a competição da matéria-prima para a produção do etanol. O açúcar cristal aumentou 37,55% e o frango em pedaços, 29,85%.
 
Kislanov destacou que a queda dos preços da batata inglesa (-22,82%) e do arroz (-16,88%) não compensou a alta que os dois produtos tiveram no ano passado. Também aumentaram os preços da batata inglesa e do óleo de soja.
 
“Já o açaí teve alta de 30,56% em 2020 e queda de 9,98% em 2021, mas é um produto muito regional. Só tem peso no Acre, no Maranhão e no Pará.”
 
Também caíram os preços do feijão carioca (-8,12%) e do leite longa vida (-3,72%).
 
Vestuário
 
A quarta maior alta em 2021 (10,31%) foi no grupo Vestuário, que tinha registrado queda de 1,13% no ano anterior. De acordo com Kislanov, o aumento reflete a retomada da circulação de pessoas e o aumento nos custos da produção.
 
Este grupo, que foi o único com queda 2020, apresentou no ano passado recuperação de preços, relacionada à retomada da circulação de pessoas, mas também ao aumento dos custos de produção, devido ao custo mais alto do algodão e do couro, explicou Kislanov, que citou ainda o componente sazonal do fim de ano.
 
Regiões
 
Por região, as maiores variações do IPCA em 2021 foram em Curitiba (12,73%), Vitória (11,5%), Rio Branco (11,43%), Porto Alegre (10,99%) e Campo Grande (10,92%). Com 8,1%, Belém teve a menor alta entre as 16 regiões metropolitanas pesquisadas.
 
Para o gerente do IPCA, esses dados não indicam cenário de recuperação econômica.
 
“Ao longo de 2021, apesar de ter aumentado a demanda por serviços, principalmente no segundo semestre, com a retomada da circulação de pessoas e da mobilidade urbana, houve melhora no cenário da pandemia de covid-19. Mas alguns setores ainda têm sofrido bastante e, com a nova variante Ômicron, talvez alguns setores que estão em recuperação possam ter prejuízo, como por exemplo, o de passagens aéreas, que tiveram altas bastante expressivas em setembro e outubro.”
 
Na opinião de Kislanov, é muito cedo para falar em retomada econômica, mesmo com a melhora no desemprego, pois o rendimento real das famílias está comprimido pela inflação.
 
“No segundo semestre, houve retomada da demanda, na comparação com o primeiro semestre, mas não dá para falar ainda em retomada econômica de fato. Foi uma recuperação, se comparada ao cenário deprimido por conta da pandemia que veio de 2020.”
 
A inflação acumulada no primeiro semestre do ano passado ficou em 3,77%. No segundo semestre, passou para 6,07%.


Fonte: AGENCIA BRASIL. Chamada de capa da Redação JF





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