Um dia após o COPOM Comitê de Política Monetária do Banco Central ter decidido manter a taxa SELIC nos 6,5% ao ano, na 6ª feira, 18.05, o Real manteve-se em desvalorização pelo 6º pregão consecutivo, com a cotação do Dólar elevando-se 1,04% a R$ 3,74, em relação à cotação da 5ª feira.
Na semana a desvalorização do Real frente ao Dólar americano acumulou 3,85%; e no ano, 11,39%.
As incertezas econômicas e políticas internacionais, bem como a frustração do avanço da economia brasileira e as dúvidas quanto à capacidade da elite nacional, responsável pelo golpe de estado de 2016, de gerir as eleições de outubro/2018 segundo seus próprios interesses, estão impulsionando para cima a cotação do Dólar americano.
Dólar Turismo
Em casas de câmbio de São Paulo, o dólar turismo, usado para quem vai fazer uma viagem internacional, foi vendido a R$ 3,93, nas ofertas mais baratas para a compra em dinheiro vivo em papel-moeda. Para compra de dólares na forma de cartão pré-pago, o preço de venda oscilou entre R$ 4,09 e R$ 4,10.
Na última 4ª feira, o COPOM Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) decidiu manter os juros básicos da economia brasileira em 6,5% ao ano, numa tentativa de lidar com o aumento da volatilidade internacional de capitais.
A desvalorização do Real também pode ter influenciado a decisão do BC de manter a taxa Selic no mesmo patamar, uma vez que dólar mais caro pode significar aumento da inflação no médio prazo, devido ao encarecimento de produtos e serviços importados em moeda estrangeira.
O Banco Central também vem tentando conter a volatilidade no mercado de câmbio com ajustes na comercialização de swaps, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro. Desde o começo da semana, a autoridade monetária iniciou a oferta diária de rolagem integral de 4.225 contratos de swaps.
Além disso, passou a fazer a oferta adicional de 5 mil novos contratos ao longo do mês e não apenas ao final, como estava previsto. A ideia, com isso, é manter aplicações em dólar no país, evitando a fuga da moeda que impacta na desvalorização do real.