Retórica do senador José Serra beira o ridículo e evidencia a busca da base legal para o desmonte da Petrobras e a entrega do petróleo brasileiro aos grupos estrangeiros, no exato momento em que a Empresa bate recordes em produção e de encurtamento de prazos de operacionalização de poços e ganha prêmios internacionais por aplicação da melhor tecnologia
As obrigações impostas à Petrobras no regime de partilha, na exploração da camada de petróleo do pré-sal, são um “ônus” à estatal e ao "futuro do próprio pré-sal", disse nesta 3ª feira, 30.06, o senador José Serra (PSDB-SP), em debate no Senado sobre mudanças no regime de exploração de petróleo do pré-sal.
Para o tucano – autor do projeto de lei que revoga a participação obrigatória da Petrobras no modelo de exploração de partilha e elimina a condicionante de participação mínima da estatal em, pelo menos 30% em cada licitação – as dificuldades financeiras da Petrobras e as regras impostas pelo regime de partilha têm inviabilizado novas rodadas de leilões de poços no pré-sal.
“[A exploração de] petróleo está semiestagnada no Brasil. Houve apenas um leilão desde que o pré-sal foi implantado, e já vinha de dois anos de paralisia. Temos de romper esse ponto de estrangulamento. A Petrobras não tem condição de bancar a obrigatoriedade que lhe atribuiu a lei. Essa é a questão fundamental”,
defendeu Serra.
Para o senador, mudar as regras do regime de partilha vai “proteger” a Petrobras.
“A minha intenção é defender, fortalecer a Petrobras e permitir que se rompa esse estrangulamento que está acontecendo na produção nacional do petróleo, com todas as suas consequências sobre royalties, finanças dos estados, emprego e indústria petrolífera. Esse projeto visa a esse objetivo, e não o oposto”,
esclareceu o senador paulista.
Para o relator da proposta, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), a mudança permitirá elevar os investimentos na exploração de petróleo na camada do pré-sal.
“É preciso, a princípio de conversa, desmistificar que estamos diante de um bilhete premiado. Não estamos. Petróleo bom é petróleo explorado. E petróleo, para ser explorado, precisa de capital”,
disse o peemedebista.
Projeto de Lei 131/2015 foi tema de uma sessão temática nesta 3ª feira 30.06, no plenário do Senado. Especialistas das áreas de petróleo e gás, contrários e favoráveis, foram ouvidos pelos senadores.
NOTA DA REDAÇÃO DO JORNAL FRANQUIA
A retórica do senador José Serra beira o ridículo e evidencia a busca da base legal para o desmonte da Petrobras e a entrega do petróleo brasileiro aos grupos estrangeiros, no exato momento em que a Empresa bate recordes em produção e de encurtamento de prazos de operacionalização de poços e ganha prêmios internacionais por aplicação da melhor tecnologia na extração do petróleo e gás em águas profundas.
Vivemos um momento contraditório: ao mesmo tempo em que estamos tristes pelo que se tornou esse homem público, apresentado ao País por Franco Montoro e acolhido por Ulisses Guimarães, estamos muito contentes por não ter sido ele eleito presidente da República em suas investidas.
O Brasil e o seu povo hão de resistir aos filhos que menos o amam.
Confira no anexo o texto do Projeto de Lei 131/2015, apresentado ao Senado pelo senador José Serra, objetivando retirar da Petrobras a condição de única empresa responsável pela exploração do petróleo na área do Pre Sal.