Diário do Mercado na 3ª feira, 13.06.2017
Incertezas permanecem – índice acionário encerrou apenas com pequena alta mas volume deixou a desejar.
Resumo.
Uma das questões que traziam receio aos agentes foi parcialmente dissipada. O PSDB decidiu, neste momento, não deixar a base governista. Contudo, haverá, uma reunião da executiva do partido na próxima 5ª feira e, aparentemente, a resolução passa pela averiguação do teor de possível denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) no caso da delação da JBS – que poderá ocorrer até o final deste mês, para reavaliar seu posicionamento atual.
O mercado entendeu como o jargão “tudo definido, nada decidido”. Neste panorama, o Ibovespa teve empolgação inicial e subiu, mas, antes da primeira hora de negócios perdeu forças e passou a oscilar ao redor da estabilidade, migrando para o campo positivo do meio da tarde em diante, mas, sem muita convicção, dado que o giro financeiro esteve aquém do desejável.
O dólar comercial finalizou com pequena correção após dois pregões de elevações, ressaltando que ultrapassou o patamar psicológico de R$3,30 na véspera.
Já as taxas de juros futuras tiveram comportamento inverso do câmbio e subiram, realizando ganhos em relação a baixa da véspera.
Vale lembrar que amanhã está agendada a decisão do Fed nos EUA, na qual o mercado já precificou o aumento de 25 pontos-base, para o intervalo entre 1,00% e 1,25%.
Ibovespa.
O índice apresentou trajetória instável, apesar de fechar positivo - as altas dos índices das bolsas de Nova York terminaram influenciando favoravelmente no dia.
Os papéis da Petrobras apresentaram alta, mas, os da Vale recuaram. Já no setor de bancos, as ações registraram fechamentos divergentes. Em suma, houve equilíbrio entre altas e baixas, que culminou em pequena elevação no pregão.
O índice doméstico findou aos 61.829 pts (+0,21%), com o giro financeiro preliminar da Bovespa em R$ 6,109 bilhões, sendo R$ 5,834 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa - No último dado disponível, o capital estrangeiro teve retirada líquida de R$ 249,927 milhões no dia 9 de junho, elevando o saldo negativo no mês para R$ 541,626 milhões. O saldo acumulado cedeu para R$ 5,117 bilhões em 2017.
Agenda Econômica.
No Brasil, as vendas a varejo estrito variaram +1,0% em abril, versus -1,2% de março (revisado de -1,9%), melhor do que o -0,6% esperado pelo mercado – sendo o melhor resultado para estes meses desde 2006 (+1,1%). Em relação a abril do ano passado, o indicador oscilou +1,9%, ante -3,2% em março-17/março-16 (revisto de -4,0%), por conta da páscoa.
Já as vendas a varejo ampliado, que incluem veículos e material de construção, cresceram +1,5% em abril, contra baixa de -0,8% (revisado de -2,0%) em março, acima do +0,2% previsto pelos agentes. Em comparação com abril do ano passado, o indicador ampliado variou -0,4%, frente a -1,9% em março-17/março-16 (revisto de -2,7%).
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) denotou movimento inverso ao do índice do mercado acionário doméstico e acabou, depois de ter suplantado R$ 3,30 na véspera, a moeda fechou em pequena baixa, cotada a R$ 3,3080 (-0,27%), acumulando agora +0,52% na semana, +2,38% no mês, +1,72% no ano e -5,00% em 12 meses.
Risco País - O CDS brasileiro de 5 anos, neste momento, situava-se em 237 pts, em igual pontuação da véspera.
Juros.
Nada como um dia após outro. Se na véspera os investidores elevaram suas apostas que uma taxa de inflação mais baixa levaria o Banco Central a manter o corte de 100 pts-base na taxa Selic em sua decisão em 26 de julho próximo, agora, a opção foi por realizar os ganhos da queda dado dia anterior.
Assim, os juros futuros (DISs) subiram, elevando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros.
Agenda da semana.
Relembrando que é uma semana mais curta no Brasil, devido ao feriado na próxima 5ª feira, 12.06. Destaques internos IGP-10, volume do setor de serviços e índice de atividade econômica do Banco Central.
Externamente, nos EUA, decisão do FOMC, vendas a varejo, produção industrial e dados de construção de casas novas.
Na China, vendas a varejo e produção industrial.
No Reino Unido, decisão de juros pelo BoE (Bank of England).
No Japão, decisão do BoJ (Bank of Japan) sobre política monetária.
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