Ibovespa avança apesar de mau humor nos principais mercados
Resumo.
As principais bolsas sofreram e registraram recuos nesta quarta-feira diante do aumento das tensões geopolíticas entre EUA e Rússia no que diz respeito à Síria.
Ademais, a divulgação da ata do Fomc gerou interpretações de tom ligeiramente mais duro em relação à política monetária, indicando possível aumento na velocidade de elevação na taxa de juros dos Fed funds.
Já no âmbito doméstico, o Ibovespa foi beneficiado pela escalada no preço do barril de petróleo, bem como pelos discursos de agentes do governo, indicando continuidade na política econômica.
No mercado de câmbio, o dólar arrefeceu após quatro altas consecutivas, influenciado pela fala do presidente do Bacen, Ilan Goldfajn, que tranquilizou os agentes no que se refere à presente volatilidade. Acompanhando o enfraquecimento do dólar, a curva de juros futuros também cedeu, após seguidas altas.
Ibovespa.
O índice doméstico principiou a sessão em baixa, revertida logo nos primeiros minutos de pregão. A máxima foi atingida no início da tarde, aos 85.416 pts (1,07%) e o patamar dos 85 mil pts foi mantido até o fim da sessão. Petrobras e o setor financeiro avançaram firmemente. Por outro lado, Vale, Marfrig e Suzano recuaram.
O Ibovespa fechou aos 85.245 pts (+0,87%), acumulando +0,50% na semana, -1,30% no mês, +11,57% no ano e +32,45% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 10,043 bilhões, sendo R$ 9,712 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na segunda-feira (09), último dado disponível, houve retirada líquida de capital estrangeiro de R$ 327,328 milhões da bolsa, piorando os saldos negativos do mês e do ano para R$ 392,287 milhões e R$ 349,893 milhões respectivamente.
Agenda Econômica.
No Brasil, a primeira prévia do IGP-M de abril desacelerou a +0,18%, ante avanço de +0,60% na prévia de março – abaixo do consenso de +0,49%. No ano, o índice acumula elevação de +1,65% e variação de +1,49% nos últimos 12 meses. No desdobramento do índice, o IPA (atacado) oscilou +0,14% em abril, contra variação de +0,83% no mês anterior. Já o IPC (varejo) acelerou +0,22% em abril, frente oscilação de +0,17% em março. O INCC avançou +0,34% no presente mês, ante +0,23% registrado na primeira prévia de março.
Câmbio e CDS.
Após quatro avanços consecutivos, o dólar comercial (interbancário) registrou desvalorização ante o real na sessão desta quarta-feira. O enfraquecimento do dólar foi movimento predominante no exterior, especialmente ante as moedas emergentes – com sinais mistos em relação às moedas dos pares desenvolvidos.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,3860 (-0,67%), acumulando +0,58% na semana, +2,51% no mês, +2,14% no ano e 7,77% nos últimos 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos recuou a 167 pts, ante 168 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular em baixa. Os recuos foram mais significativos nos contratos de médio e longo prazo, enquanto a ponta curta da curva permaneceu praticamente estável. Com o ajuste, em decorrência do enfraquecimento do dólar dentre outros fatores, a curva encerra três sessões seguidas de avanços.
Para a quinta-feira
Brasil: vendas no varejo e vendas no varejo amplo;
EUA: índice de preços de importação, índice de preços de importação exceto petróleo, índice do preço de exportação e novos pedidos seguro-desemprego; França: núcleo do IPC;
Zona do Euro: produção industrial;
China: balança comercial, exportações A/A, importações A/A.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 11.04.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos
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