Diário do Mercado na 2ª feira, 27.11.2017
Panorama doméstico domina e bolsa recupera terreno
Resumo.
O cenário político doméstico contribuiu sobremaneira para as oscilações do Ibovespa nesta 2ª feira. Em meio a expectativas sobre o desenrolar da reforma da previdência, a sinalização de desistência de possível pré-candidato à presidência e a baixa de preços das commodities nos mercados internacionais, o índice chegou a atingir desvalorização de -1,34% pela manhã.
Entretanto, durante a sessão, os agentes interpretaram como positivas as notícias de otimismo por parte de integrante do governo em relação ao encaminhamento da possível reforma da previdência, bem como sobre o indicativo de oficialização de outro pré-candidato à presidência.
Na Europa, a maioria das bolsas mais importantes fecharam em queda, mas, em Nova York encerram com sinais mistos, não distantes da estabilidade. A atenção do mercado concentra-se na votação da reforma tributária do governo Trump, que pode ocorrer no Senado nesta 3ª feira 28.11.
Ibovespa.
O índice esteve em baixa durante toda sessão, registrando acentuadas perdas ainda pela manhã, atingindo a mínima intradiária aos 73.158 pts (-1,34%). A influência negativa decorria do mercado externo negativo, da baixa nas commodities e das incertezas que rondam a reforma da previdência.
A partir da mínima do dia, o índice passou a recuperar boa parte das perdas - especialmente no fim da tarde, em razão de fala otimista de integrante do governo em relação ao andamento do texto previdenciário.
Petrobras e Vale encerraram em queda, enquanto Itaú e Ambev valorizaram.
O Ibovespa fechou quase de “lado” aos 74.058 pts (-0,13%), acumulando -0,34% no mês, +22,97% no ano e +20,31% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 7,484 bilhões, sendo R$ 7,275 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
Na 5ª feira, 23.11, o ingresso líquido de capital estrangeiro foi de 142,765 milhões na bolsa, diminuindo o saldo negativo de novembro para R$ 2,585 bi. No ano, o saldo acumula ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 10,36 bilhões.
Agenda Econômica.
No relatório semanal Focus do Banco Central, as projeções de mercado desta semana seguiram nos níveis otimistas da semana anterior, mas, o PIB esperado para 2018 surpreendeu ainda mais de modo positivo e tornou a avançar, passando de 2,51% para 2,58%, repercutindo a promissora percepção dos agentes em relação ao Brasil.
Já as perspectivas de inflação permaneceram baixas, próximas de 3,0% para este ano e de 4,0% para 2018. A taxa Selic permaneceu estável em 7,00% tanto para 2017, como para 2018.
Nos EUA, a venda de casas novas registrou elevação de +6,2% em outubro, ante +14,2% em setembro – acima da projeção de -6,1%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou durante a maior parte do pregão em campo negativo, enquanto o comportamento da divisa frente as moedas dos emergentes era misto.
A divisa encerrou cotada a R$ 3,2200 (-0,28%), acumulando -1,56% no mês, -0,98% no ano e -5,49% nos últimos 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu a 167 pts, ante 171 da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com ligeiros ajustes de baixa nos vértices de curto e médio prazos, em compasso de espera com a próxima reunião do Copom que ocorrerá no início de dezembro. Já as taxas de longo prazo tiveram leves variações de alta, decorrentes também das expectativas em relação aos desdobramentos da reforma da previdência.
Para a terça-feira.
- No Brasil: IGP-M e Confiança do Consumidor/FGV;
- Nos EUA: Balança comercial, Estoques no atacado, Estoques de varejo, FHFA Índice de preços de casas, S&P CoreLogic CS 20-cidades, Conf. Board Confiança do consumidor e Índice de manufatura do Fed de Richmond;
- Na Zona do Euro: OCDE Panorama Econômico (projeções);
- No Japão: Vendas a varejo.
Confira no anexo a íntegra do relatório analítico do comportamento do mercado na 2ª feira, 27,11,2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e WESKEY BERNABÉ, CNPI, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos.
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