Derivativos de juros – DI Futuro (% a.a.)
1) Os retornos do DI futuro voltaram a subir, especialmente entre os vencimentos médios, mas com recuo nos contratos curtos e relativa estabilidade da inclinação positiva, além de elevada liquidez (em média diária de 2.405,4 mil transações)
2) Os estrangeiros reduziram suas posições, contribuindo para elevar os juros longos, acompanhando desdobramentos no quadro político, com menor influência dos dados enfraquecidos do payroll
3) Entre os mais curtos, o mercado assimilou a redução da Selic em 1 p.p. e o discurso mais hawkish do Copom; assim, promoveram-se ajustes e a curva passou a embutir menor recuo do juro para o próximo comitê, em 0,75 p.p.
4) Após a discreta alta na expectativa de inflação no relatório da
semana anterior, o Focus de hoje voltou a registrar queda para este ano (IPCA de 3,90% em 2017 e 4,40% em 2018), confirmando que a alta anterior se mostrava apenas pontual, sem a configuração de uma tendência; para a Selic, a estimativa continua estável (em 8,50% para os dois anos); com alta na projeção para o PIB de 2017 (0,50%) e queda para 2018 (2,40%); câmbio elevado para R$ 3,30 (2017) e R$ 3,40 (2018)
Juro Real pela NTN-B (IPCA + cupom % a.a.)
1) Acompanhando a retomada de uma maior demanda por prêmio de risco no ambiente doméstico, os yields da NTN-B apresentaram elevação em todos os vencimentos, com maior intensidade a partir do título de ago/2030
2) O rendimento médio dos papéis elevou-se de 5,49% para 5,62% (considerando o yield médio da curva em todos os vencimentos)
FRA Cambial (% a.a.)
Os retornos do FRA Cambial elevaram-se em todos os contratos, influenciados tanto pela queda do dólar futuro quanto pela alta da curva DI Apesar da pouca influência sobre os contratos DI, a divulgação do payroll pior que o esperado contribuiu para a queda do yield do T-bond de 10 anos, que passa a configurar tendência de baixa em direção ao suporte em 1,99% (vide gráfico ao lado)
Dólar Comercial (BM&F)
1) Apesar do recente recuo da cotação, abaixo da linha de R$ 3,26, o padrão gráfico (em forma de cunha) configura uma incipiente reversão altista, mas ainda em cenário de elevada volatilidade, com alvos em R$ 3,30 e R$ 3,21
2) O extenso gap de abertura no dia 18 continua possibilitando um movimento de queda, de curtíssimo prazo, a fim de tocar o nível de R$ 3,13, mas retornando à atual tendência de alta.