Diário do Mercado na 6ª feira, 19.01.2018
Ibovespa perfaz recorde atrás de recorde e quinta alta semanal
Resumo.
Embora modesto, o avanço do Ibovespa nesta sexta-feira garantiu o registro de nova máxima histórica, bem como a quinta semana seguida de ganhos. A quebra de recordes já não é novidade em 2018, sendo este o nono pregão em que a máxima de fechamento é renovada neste ano.
O ambiente benigno aos emergentes no exterior e a recuperação da economia doméstica seguem sendo os alicerces para os máximas das últimas semanas. Já em referência às variações menos expressivas observadas nas duas últimas sessões, os agentes mostram agora certa cautela em relação aos desdobramentos do possível desfecho do julgamento do ex-presidente Lula marcado para a próxima 4ª feira, 22.01, que poderá alterar sobremaneira o quadro de candidatos para as eleições presidenciais de outubro deste ano.
Por fim, vale destacar o resultado positivo da captação de R$ 1,5 bilhão do governo brasileiro no exterior. A operação alcançou demanda quatro vezes maior do que o volume emitido e com yield abaixo do registrado quando ainda detentor do grau de investimento, em 2009. A emissão abre portas para obtenção de recursos no mercado internacional pelas companhias brasileiras.
Ibovespa.
Após a leve correção na véspera, o índice navegou em campo positivo na maior parte da sessão e encerrou não distante da máxima intradiária, apoiado na reversão positiva dos índices das bolsas de Nova York.
Desta maneira, o índice renovou mais uma vez tanto o recorde intradiário como o de fechamento. Itaú, Bradesco e B3 valorizaram e garantiram o avanço no pregão de hoje.
O Ibovespa fechou aos 81.219 pts (+0,32%), encerrando a semana com ganho de +2,36% e acumulando valorização de +6,31% no mês (e no ano) e +27,00% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 8,393 bilhões, sendo R$ 8,165 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 4ª feira, 17.01, a Bovespa teve entrada líquida de capital estrangeiro no valor de R$ 371,802 milhões na bolsa, passando a acumular entrada líquida de R$ 4,913 bilhões em janeiro de 2018.
Agenda Econômica.
No Brasil, o índice confiança industrial da CNI subiu pelo sexto mês consecutivo, indo a 59,0 pts em janeiro, ante 58,3 pts em dezembro. Nos EUA, a prévia do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan recuou a 94,4 pts em janeiro, contra 95,9 pts em dezembro – abaixo do consenso de 97,0 pts.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou predominantemente em terreno negativo nesta sexta-feira, findando sessão próximo das mínimas, no menor valor desde o dia 20 de outubro do ano passado. Já no exterior, o comportamento da moeda foi misto.
No Brasil, a divisa encerrou cotada a R$ 3,2000 (-0,28%), acumulando +0,09% na semana e variando -3,47% no mês (e no ano) e -0,19% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos aumentou para 149 pts, ante 146 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros repetiram o comportamento observado nos últimos dias, em que ocorreram alterações pouco significativas na curva, com a maioria dos vértices encerrando a sessão regular próximos ao fechamento da véspera. A estabilidade da curva se deve também pela cautela do mercado no monitoramento dos próximos eventos políticos.
Para a próxima semana.
Brasil: IPCA-15, FGV Confiança do Consumidor, Invest. Estrang. Direto, Saldo conta corrente; Result. primário gov. central; Coleta de impostos e CAGED - Criação de empregos formais; EUA: PMI Manufatura, Vendas casas usadas, Balança comercial, Estoques no atacado e no varejo, Vendas casas novas, Índice antecedente, PIB, Consumo pessoal e Pedidos bens duráveis; BCE – taxa de juros;
Alemanha, França e zona do euro: PMI manufatura;
Japão: BoJ – Taxa de juros, PMI manufatura e IPC.
Confira no anexo a íntegra do relatório por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, CNPI, ambos da equipe do BB Investimentos
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