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Investimentos

18 de Maio de 2018 as 03:05:00



JBS Resultado no 1º Trimestre/2018 Positivo e Desalavancagem


JBS  -  Resultado Trimestre de 2018 
 
Resultados Positivos, juntamente com um processo contínuo de desalavancagem
 
 
A JBS reportou resultados positivos na comparação anual. No 1T18, o desempenho consistente nas unidades dos EUA compensou a redução da receita líquida no Brasil, como esperado. Assim, a receita total aumentou 6% a/a, totalizando R$ 40 bilhões (2% acima de nossas estimativas e 2% abaixo do consenso). 
 
A companhia também reportou menores custos a/a que, juntamente com esforços para ganhar eficiência que contribuíram para uma redução de 8% a/a nas despesas gerais e administrativas, levaram o EBITDA a R$ 2,8 bilhões, um crescimento significativo de 30% a/a, enquanto a margem EBITDA subiu para 7% de 5,7% no 1T17.
 
Dado o desempenho operacional positivo, o lucro líquido atingiu R$ 507 milhões (+ 44% a/a), enquanto a alavancagem continuou com a tendência de queda observada nos últimos trimestres, caindo para 3,24x de 3,38x no 4T17.
 
Também é importante ressaltar que a JBS anunciou ontem (14) o tão esperado acordo com os bancos que traz algum alívio em sua estrutura de capital no curto prazo.
 
Destaques.
 
Na Seara, os custos ainda em níveis confortáveis permitiram que a unidade mantivesse a margem bruta em 14,7%. A empresa deixou claro na teleconferência hoje que está focada em reduzir despesas e obter eficiência para contrabalançar os custos mais altos relacionados aos preços dos grãos. Além disso, a administração também afirmou que a empresa não pretende abrir mão da rentabilidade para aumentar volume e a participação de mercado. 
 
Nesse sentido, observamos que o EBITDA cresceu 53% a/a, para R$ 330 milhões, principalmente devido à redução de despesas. Assim, a margem aumentou significativamente 300 pp a/a para 8,3%. A JBS Brasil foi uma surpresa negativa mais uma vez. O desempenho positivo das exportações - maiores volumes (+ 7% a/a) e preço médio (+ 5% a/a) - foi compensado por números mais fracos no mercado interno. 
 
Nessa frente, o aumento da capacidade resultou em preços mais altos do gado em determinadas regiões e o excesso de oferta causou um declínio de 5% a/a nos preços médios realizados. Assim, o EBITDA foi negativo em R$ 93 milhões, enquanto a margem EBITDA caiu para -1,6%, de 1,0% no 1T17.
 
Como esperado, os custos em níveis mais baixos e uma demanda favorável consistente nas unidades dos EUA impulsionaram os resultados na região. Nesse sentido, a JBS USA Beef continuou a recuperar margens a/a em função de: 
 
(i)   demanda interna estável; 
(ii) maiores volumes exportados, com destaque positivo para o Japão, Coréia do Sul e Hong Kong; e 
(iii) declínio nos custos a/a. 
 
Assim, a margem EBITDA aumentou para 6,1%, de 3,7% no 1T17. 
 
Neste momento, a PPC surpreendeu positivamente e seus números ficaram bem acima de nossas estimativas. A soma dos fortes resultados da Europa, México e EUA, juntamente com os custos em níveis confortáveis, levou o EBITDA a um crescimento significativo de 19% a/a, aumentando a margem EBITDA para 9,9% de 9,2% no mesmo período do ano passado. 
 
Seguindo a mesma trajetória positiva, a JBS USA Pork apresentou maiores volumes tanto no mercado doméstico quanto no internacional, o que, aliado à redução de alguns custos, contribuiu para o aumento da margem EBITDA, que chegou a 12,1%, 70 pp maior na comparação anual.
 
Reiteramos nosso preço alvo Dez18 para JBSS3 em R$ 10,5/ação, mantendo a recomendação de Market Perform. Os resultados do 1T18 ficaram acima da nossa expectativa, com o forte desempenho nas unidades dos EUA surpreendendo positivamente. Além disso, valorizamos as iniciativas da empresa com foco no suporte à rentabilidade através de: 
 
(i)   melhor estratégia de preços; 
(ii)  aumento da carteira de produtos de maior valor agregado; e 
(iii) ganhos de eficiência. 
 
Nesse sentido, as recompensas dos investimentos da JBS nas unidades norteamericanas associadas a seus esforços para sustentar as margens devem continuar beneficiando os resultados consolidados à frente, em nossa visão. Por outro lado, a partir do 2T18, vemos um cenário mais desafiador no Brasil devido a: 
 
(i)  a ameaça à indústria devido ao excesso de oferta contínua de carne bovina e de aves; e 
(ii) custos estruturais mais altos (preços de grãos em níveis mais altos). 
 
Apesar de considerarmos os números do 1T18 como positivos, permanecemos conservadores em relação ao nome dado às investigações em andamento (no Brasil e nos EUA) e às ainda desconhecidas possíveis multas e/ou provisões relacionadas a isso. Portanto, mantemos a recomendação do Market Perform no JBSS3

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Fonte: LUCIANA CARVALHO, CNPI Analista Sênior, do BB Investimentos





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