Diário do Mercado na 3ª feira, 21.11.2017
Ibovespa avança repercutindo bom humor nas bolsas externas
Resumo.
Inicialmente, os investidores se mostraram mais otimistas com a percepção que o governo está empenhado em realizar a reforma da previdência, mesmo que seja pelo menos nos pontos básicos que agradam o mercado.
Depois, com as aberturas positivas das bolsas de Nova York, por conta de uma visão agora de maiores lucros futuros que induzem revisões para cima dos preços atuais dos ativos, o Ibovespa ganhou impulso, suplantando sua resistência em torno de 74.400 pts, bem como chegou a ultrapassar os 75 mil pts. No fechamento, passou a acumular variação positiva pela primeira vez no mês.
Nos EUA, a reforma tributária proposta pelo governo Trump, que foi aprovada na Câmara, sofreu alterações relevantes no senado, criando um possível imbróglio político para ser sacramentada.
Ibovespa.
Em dia de vencimento do exercício de opções sobre ações, o índice doméstico abriu ascendente - logo superou e passou a operar ao longo do dia acima dos 74 mil pts. O noticiário político foi considerado favorável pelos agentes, que foram às compras, alavancados também por um cenário externo positivo.
Vale lembrar que o principal dado da semana nos EUA é ao ata da última reunião do Fomc, ocorrida no dia primeiro deste mês de novembro. Também, é uma semana mais curta por conta do “Dia de Ação de Graças” (Thanksgiving Day) na próxima 5ª feira, quando os mercados fecham, bem como pela chamada black friday na próxima sexta-feira, na qual os mercados operam parcialmente no dia.
O Ibovespa fechou aos 74.594 pts (+1,58%), acumulando +0,39% no mês, +23,86% no ano e +22,15% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 13,375 bilhões, incluindo R$ 3,581 bilhões do exercício de opções sobre ações, sendo R$ 9,449 bilhões no mercado à vista.
Na 5ª feira, 16.11, ocorreu entrada líquida de R$ 187,086 milhões de capital estrangeiro da bolsa, baixando o negativo saldo em novembro a R$ 2,77 bilhões. No ano, o ingresso líquido está em R$ 10,177 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a segunda prévia de novembro do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) mostrou variação de +0,37%, versus +0,30% na segunda prévia de outubro. O indicador passou a acumular -1,55% no ano e -1,02% em 12 meses.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) principiou a sessão volátil e firmou-se em terreno negativo partir do meio da tarde. A divisa chegou a atingir a cotação de R$ 3,2410 na mínima do dia, mas, a desvalorização perdeu parte da força até o fechamento.
A moeda encerrou cotada a R$ 3,2510 (-0,35%), acumulando -0,61% no mês, -0,03% no ano e -3,01% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos desceu a 174 pts, ante 176 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros fecharam a sessão regular em baixa, com maiores ajustes nas taxas de médio e longo prazos. A desvalorização no câmbio, recuo nos rendimentos dos Treasuries e uma melhora na percepção da agenda doméstica de reformas ditaram a sessão.
Para a quarta-feira.
No Brasil: Coleta de impostos, Confiança industrial /CNI, IPC / FGV, IPCA-15, Saldo em conta corrente, Inv. Estrangeiro Direto, IPC-FIPE, Custos de construção / FGV e Dados de crédito.
Nos EUA: Pedidos de bens duráveis, Índ. Confiança Univ de Michigan e FOMC Ata.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 3ª feira, 21.11.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, ambos da equipe do BB Investimentos
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