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Investimentos

08 de Agosto de 2018 as 22:08:42



CSN Resultado no 2º Trimestre/2018: Positivo


CSN  -  Resultado no 2º Trimestre/2018
 
Desempenho positivo, em linha com nossas estimativas
 
A CSN divulgou seus resultados do 2T18 em 07.08.2018, com desempenho positivo, como esperávamos, com um EBITDA ajustado de R$ 1.420 mm, em linha com nossas estimativas e 14% acima do consenso de mercado.
 
Os resultados foram positivamente afetados pela melhora de mercado, a qual levou a maiores preços realizados no período, juntamente com melhores volumes vendidos em todos os segmentos. 
 
Embora os custos tenham sido afetados pela greve dos caminhoneiros em maio, o crescimento nas receitas mais que compensou e, no trimestre, vimos desempenho positivo tanto na comparação trimestral quanto anual. Houve também o efeito positivo da venda da CSN LLC no caixa da companhia, contribuindo para melhores resultados líquidos t/t e a/a.
 
No nosso relatório de prévias, esperávamos que as receitas fossem impulsionadas por maiores preços realizados, porém parcialmente compensadas por volumes estáveis devido ao impacto da greve. De fato, as paradas causadas pela greve afetaram os volumes produzidos no período. 
 
Entretanto, a CSN conseguiu apresentar maiores volumes vendidos de aço, e reconhecemos a capacidade da empresa em recuperar a produção e vendas ao longo do trimestre. Eles não só apresentaram um crescimento em vendas, mas, operacionalmente falando, a CSN também desempenhou de acordo com nossas já otimistas expectativas. 
 
Ainda, a empresa anunciou o tão-esperado acordo de rolagem de dívida com a CEF. O FCL da companhia somou positivos R$ 1.598 mm no período; excluindo os efeitos da venda da CSN LLC, o mesmo teria sido de R$ 73 mm, aquém da capacidade da empresa, em nossa opinião. 
 
A alavancagem ainda é um ponto de atenção, no nosso ponto de vista, porque, apesar de reconhecermos que a mesma vem reduzindo t/t, ainda não chegou a um nível mais confortável.
 
Vemos melhora no mercado doméstico comparado ao que vimos no ano anterior, apesar de um pouco menor do que esperávamos no começo do ano. Do lado negativo, no mercado internacional, as condições têm se agravado com a guerra comercial entre EUA e aliados. A China aumentou suas exportações de aço ultimamente, o que poderia trazer de volta o ‘fantasma’ do excesso de capacidade mundial. 
 
Internamente, podemos esperar incertezas com o período eleitoral chegando em poucas semanas. Assim, apesar de revisarmos nosso preço-alvo 2018E para R$ 10,00 por ação (antes R$ 8,50), preferimos manter a recomendação de Market Perform, devido ao pequeno upside para nosso preço.
 
 
Resultados consolidados. 
 
A receita líquida somou R$ 5.687 mm no trimestre, 3,6%acima das nossas estimativas e 12% maior t/t (+32% a/a), especialmente em razão de 
 
(i)    maiores preços realizados de MF e aço, 
(ii)   maiores volumes vendidos e 
(iii)  melhor performance dos demais negócios. 
 
Os custos vieram 12% acima que o trimestre anterior devido a maiores volumes vendidos e maiores preços de matéria-prima. A linha de Outras receitas e despesas trouxe os recursos da venda da CSN LLC (+R$ 1.550 mm) e o ajuste das ações da Usiminas (-R$ 516 mm). O EBITDA, como mencionado, ficou em R$ 1.420 mm, 14,4% acima do 1T18 e 58,5% acima do 2T17. 
 
 
Siderurgia: recuperação positiva.
 
No trimestre, as vendas de aço somaram 1.321 kton, melhora de 3,5% t/t e 12,5% a/a (+2,7% acima do BB-BI). As vendas para o MI subiram 22,4% comparada ao mesmo período do ano anterior, confirmando o momento  de recuperação da indústria. 
 
As receitas somaram R$ 4.093 mm (+11% t/t e +34% a/a), devido aos maiores volumes vendidos e melhores preços realizados no período. COGS, por outro lado, foram impactados pelas paradas de manutenção e maiores custos de matéria prima. O EBITDA ajustado ficou em R$ 708 mm, -2,6% ante o 1T18.
 
 
Mineração. Produção melhorando
 
A produção de MF melhorou no trimestre, chegando a 6,7 Mt, alta de 10% t/t, apesar de menor que nossas estimativas. As vendas subiram 9% comparada ao trimestre anterior, para 8.130 kton, e em linha com nossas estimativas, pois esperávamos menores volumes de terceiros (1.772 kton ante 1.878 kton reportado). 
 
As receitas forma positivamente impactadas por maiores volumes vendidos e pelo dólar mais forte no período, fechando em R$ 1.331 mm (+16% t/t). O preço do MF da CSN chegou a US$ 56,8/t (US$ 55,9/t no 1T18). O EBITDA ajustado somou R$ 533 mm, alta de 21% t/t, com uma margem de 40%, 1.7 p.p. maior t/t.
 
 
Endividamento e Resultado financeiro. 
 
O resultado financeiro fechou negativo em R$ 989 milhões no trimestre. A receita financeira somou R$ 48 mm, ao passo que as despesas ficaram em R$ 489 mm. A variação cambial totalizou negativos R$ 548 mm. Em relação ao endividamento, a divida bruta ficou em R$ 31.482 mm, alta de 6,4% comparada ao tri anterior, enquanto a divida líquida fechou o tri em R$ 27.125 mm (+2,33% t/t). Como resultado, a DL/EBITDA chegou a 5,34x, contra 5,82x no 1T18.
 
Finalmente, o lucro líquido fechou o trimestre em R$ 1.190 mm comparado aos R$ 1.486 mm no 1T18, principalmente impactado pela depreciação das ações da Usiminas e pelo efeito da venda da LLC.
 
Riscos. Dentre os riscos que podem afetar nossa tese de investimentos, destacamos 
 
(i)    uma retomada mais lenta que a esperada da economia brasileira, 
(ii)   desaceleração da economia chinesa, que poderia reduzir o consumo de aço e alavancar as exportações, retrazendo a ameaça de excesso de oferta no mundo, 
(iii)  queda nos preços de MF que poderiam afetar as receitas de mineração, 
(vi)  falha ao renegociar a rolagem das dívidas remanescentes com seus credores, afetando seu fluxo de caixa e 
(v)  falha em efetivar seu plano de desinvestimentos. 
 
 
 Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da CSN no 2º trimestre/2018, elaborado por Gabriela E Cortez Senior Analyst do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Gabriela E Cortez Senior Analyst do BB Investimentos





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