Diário do Mercado na 4ª feira, 03.01.2017
Ibovespa renova recorde histórico em 8º avanço consecutivo
Resumo.
No segundo pregão do ano, mesmo encerrando próximo à estabilidade, o Ibovespa continuou dando prosseguimento ao rali do final do ano passado e atingiu seu 8º avanço consecutivo, renovando também o recorde histórico de fechamento aos 77.995 pts (+0,13%).
Os bons ventos dos mercados externos, bem como a melhora no panorama fiscal para o ano que passou – em razão da evolução na arrecadação, dentre outros fatores – contribuíram para o fechamento em campo positivo.
Em contrapartida, a ata do Fomc com tom ligeiramente mais duro em relação ao movimento dos juros para 2018 ajudou a apagar parte dos ganhos no índice doméstico.
Ibovespa.
Apesar de iniciar a sessão em baixa, o índice operou com valorização na maior parte do dia, chegando a atingir os 78.413 pts (+0,67%) na máxima intradiária - novo recorde, suplantando a marca histórica do início de outubro. Petrobras e os setores financeiro e de siderurgia garantiram o fechamento positivo do índice.
Na outra ponta, os destaques foram os recuos de Rumo, JBS e Fibria.
O Ibovespa encerrou aos 77.995 pts (+0,13%), acumulando +2,09% no ano e +26,18% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 8,628 bilhões, sendo R$ 8,299 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
Na 5ª feira, 28.12.2017, último pregão do ano, houve ingresso líquido de capital estrangeiro no montante de R$ 613,537 milhões na bolsa, caracterizando o sexto pregão consecutivo de ingresso de recursos.
O mês de dezembro fechou com saldo positivo de R$ 3,65 bilhões. Já o ano de 2017 encerrou-se com entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 13,412 bilhões, recuo de 6,3% em relação à 2016, que registrou ingresso de 14,325 bilhões.
Agenda Econômica.
Nos EUA, o índice de atividade industrial subiu de 58.2 pts em novembro para 59.7 pts em dezembro – acima do consenso de 58.2 pts. Na Alemanha, a taxa de desemprego manteve-se em 5,5% na leitura de dezembro, o mesmo que o registrado no mês anterior e em linha com a projeção.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) passou por alternâncias de sinal até o início da tarde quando firmou queda. Próximo ao fim do pregão a moeda chegou a valer R$ 3,2330 (-0,77%) em sua mínima intradiária e encerrou cotada a R$ 3,2420 (-0,49%), acumulando -2,20% no ano e -0,58% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos caiu pelo nono dia consecutivo a 153 pts, menor patamar desde novembro de 2014 – ante 156 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular em baixa, com ajustes mais modestos em comparação ao firme recuo observado na véspera. O ambiente externo mais favorável, o cenário político doméstico sem drivers negativos e o recuo do dólar deram o tom da da queda.
Para a 5ª feira.
Brasil: Fabricação PPI, Markit Brasil PMI Composto, Markit Brasil PMI Serviços e Vendas de veículos Fenabrave;
EUA: Challenger redução postos de trabalho, ADP Variação setor empregos, Novos pedidos seguro-desemprego, Seguro-desemprego, PMI Serviços EUA Markit e PMI Composto EUA Markit.
Confira no relatório a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 03.01.2017, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos analistas da equipe do BB Investimentos.