A OPEP tende a cortar a produção de petróleo apesar das objeções de Trump
Reunidos em Viena nesta 4ª feira, 05.12, representantes da Opep presentes concordaram em preparar uma redução de suas metas de produção, contrariando pedido de Donald Trump para manter a produção no nível atual.
O preço do óleo sofreu queda superior a 30% nos últimos dois meses e vários ministros presentes em Viena na véspera da reunião de dois dias da OPEP Organização dos Países Exportadores de Petróleo afirmaram que querem chegar a um acordo que limite suas extrações.
Mas o grupo deve convencer cada um de seus membros a se submeter à sua decisão. O Irã, o terceiro maior produtor da Opep, já solicitou uma isenção.
"Devemos ser excluídos de qualquer decisão de cortar a produção, desde que as sanções ilegais dos EUA não sejam retiradas",
disse o ministro iraniano do Petróleo, Bijan Namdar Zanganeh, em sua chegada a Viena na noite de quarta-feira.
A decisão de cortar a produção seria contrária ao desejo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que instou a OPEP a continuar produzindo em altos níveis para manter baixos os preços do petróleo.
Os ministros de duas potências petrolíferas, Arábia Saudita e Rússia, entretanto, mantiveram um perfil discreto, uma vez que as modalidades do acordo ainda não estão seladas, mesmo em relação ao nível de redução de cada país.
Arábia Saudita e Irã estão passando por tensões, depois que a imprensa financeira informou que o ministro da Energia da Arábia Saudita, Jaled al Faleh, se reuniu com um representante dos EUA encarregado das relações com o Irã em seu hotel em Viena na quarta-feira.
"Se os EUA quiserem se juntar à Opep, vamos considerar a questão", brincou o ministro iraniano antes de afirmar que, se os EUA "querem pressionar o Irã através da Opep, isso não é profissional".