MRV - Resultados no 1º Trimestre de 2019
Forte, apesar das instabilidades no Programa MCMV
Os resultados da MRV referentes ao 1T19 foram fortes, embora os indicadores operacionais tenham sido afetados pelas instabilidades sofridas no Programa MCMV durante os dois primeiros meses do ano. Mantemos nossa visão positiva de que essas instabilidades foram temporárias e afetarão apenas os resultados de curto prazo.
No entanto, se o gap entre os lançamentos e as vendas líquidas permanecer, devemos observar ajustes nos níveis de lançamento da companhia à frente.
Consideramos o preço atual de MRVE3 bastante descontado. Além disso, entendemos tratar-se de uma companhia diferenciada no setor, despontando dentre aquelas com resultados mais sólidos. Em razão disso, mantemos nossa recomendação Outperform.
Instabilidades no Programa MCMV afetaram os lançamentos e as vendas líquidas
... Os lançamentos caíram 50,9% t/t e atingiram R $ 1,1 bilhão, enquanto que as vendas líquidas reduziram em um ritmo mais lento, de 14,7% t/t. A redução das unidades repassadas no período causou um impacto significativo na geração de caixa da companhia, o qual foi de R$ -19 mi (ante R$ 86 milhões no 1T18).
Vale ressaltar que a indisponibilidade de recursos do Programa MCMV durante o trimestre anterior, juntamente com as instabilidades no processo de repasse observadas no estado de São Paulo e Rio de Janeiro durante o 3T18, levaram a um incremento de 39% a/a do estoque, com as unidades concluídas atingindo 9% do estoque total (+4.0 p.p. a/a).
Na comparação anual, contudo, observamos que, mesmo diante de um cenário mais desafiador, a companhia seguiu avançando. Nesse sentido, os lançamentos e as vendas líquidas aumentaram 35,9% a/a e 6% a/a, respectivamente.
… mas a receita e as margens permanecem robustas.
O aumento do giro de ativos devido ao maior volume de projetos utilizando formas de alumínio (89% da produção total) levou a receita líquida a crescer 22,8% a/a, atingindo R$ 1,5 bilhão.
Apesar da maior diluição das despesas de VG&A, que caíram em 1,7 p.p. a/a como percentual da receita líquida (de 17,6% para 15,9%), a redução de 1,1 p.p. a/a na margem bruta juntamente com um aumento de outras despesas e de piores resultados decorrentes da equivalência patrimonial (+35% a/a e + 125% a/a), levaram a margem EBITDA a atingir 18,1% (ante 19,3% no 1T18).
Finalmente, a margem líquida ficou em -0,5 p.p. menor a/a como resultado de piores resultados financeiros líquidos.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da MVR no 1º trimestre/2019, elaborado por GEORGIA JORGE Analista Sênior do BB Investimentos
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