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Investimentos

18 de Abril de 2019 as 23:04:52



USIMINAS Resultado no 1º Trimestre/2019: Negativo. Margens Deteriorando


USIMINAS
 
Resultado no 1º Trimestre/2019 e
Revisão de Preço: margens deteriorando; negativo
 
A Usiminas divulgou seus resultados do 1T19 nesta 5ª feira, 18.04, com números abaixo das nossas expectativas, mais uma vez, por uma pior performance da siderurgia, embora parcialmente compensado por melhores resultados de mineração.
 
Apesar de ter mantido os volumes vendidos de aço levemente acima da linha d’água de 1mt, as margens foram prejudicadas por custos maiores de alguns insumos. 
 
Os aumentos de preços anunciado no início do ano foram ofuscados por piores condições comerciais no trimestre. Já para os preços anunciados no mês passado, estes deverão ser vistos apenas a partir do 2T19.
 
A performance de siderurgia está limitada à recuperação da demanda interna, que poderá levar mais tempo que o esperado para acontecer. 
 
Vemos a Usiminas ficando para trás de seus pares, apenas seguindo o mercado ao invés de dar um passo à frente e tentar antecipar movimentos adversos. 
 
Reconhecemos que o setor de mineração foi o destaque do trimestre, contribuindo massivamente para os resultados; contudo, vemos esta contribuição diminuindo nos próximos trimestres com os preços de MF decrescendo com o retorno de parte da oferta mundial. 
 
Com tudo isto em mente, revisitamos nosso modelo e imputamos uma projeção mais conservadora para a economia brasileira e a performance da Usiminas no ano. 
 
Market Perform
 
Assim, chegamos a um preço-alvo para 2019e para USIM5 de R$ 10,50/ação (dos R$ 12,50/ação), e rebaixamos nossa recomendação para Market Perform.
 
Resultados Consolidados. 
 
As receitas somaram R$ 3.532 mm (+3.1% t/t e +8.9% a/a, embora 6,8% abaixo das estimativas do BB-BI), refletindo os maiores volumes vendidos do segmento de mineração e melhores preços realizados para ambos os segmentos de mineração e siderurgia. 
 
O CPV somou R$ 3.036 mm, melhorando t/t, porém maior a/a, em razão de maiores custos de matéria-prima. Mesmo assim, com os aumentos de preços anunciados no início do ano para o segmento automotivo, a Usiminas conseguiu recuperar parte das margens perdidas no trimestre passado e fechou o 1T19 com margem bruta de 14% (ante 11% no 4T18 e 19% no 1T18). 
 
Por fim, o EBITDA ajustado fechou o trimestre em R$ 488 mm, 11% acima do 4T18 (excluindo os efeitos do ICMS no PIS/COFINS), porém 22% abaixo das nossas estimativas. Estávamos menos pessimistas em relação aos impactos dos aumentos de preços nas receitas e no aumento de custos e estávamos esperando uma margem EBITDA nos mesmo níveis de 2018, entre 16%. Entretanto, a margem EBITDA ficou em 13,8% no trimestre.
 
Siderurgia: desempenho abaixo devido a maiores custos. 
 
A produção de aço bruto subiu 12% t/t para 800 kton; mas para laminados a queda foi de 7% no mesmo período, para 977 kton, devido à parada para manutenção no alto forno de Ipatinga. As vendas, então, somaram 1.004 kton, levemente acima da linha das 1.000 kton. As receitas somaram R$ 3,1 bn, 3,6% menor que o 4T18, com menores volumes e preços mais baixos no período. O custo caixa por ton caiu 6,4% t/t, para R$ 2.127/t, principalmente em razão de 
 
(i)    menores custos fixos devido a maior produção 
(ii)   menor custo deplacas de terceiros e 
(iii)  taxa de câmbio. O CPV, então, caiu 2,7% t/t e terminou em R$ 2,8 bi. 
 
O EBITDA somou R$ 300,8 mm. Lembramos que a parada para manutenção no alto-forno 3 de Ipatinga deve acontecer em breve e deverá dar importante contribuição para a performance de siderurgia quando concluída.
 
Mineração: destaque do trimestre. 
 
A mineração foi a surpresa positiva no trimestre com aumento em ambos volumes vendidos e preços realizados. A produção somou 1.337 kton (-7% t/t), mas as vendas melhoraram 25% no mesmo período, para 1.896 kton. As receitas totalizaram R$ 418,1 mm, 32,2% maior t/t. O Custo caixa ficou em R$ 77,2/t, ante R$ 61,8/t no 4T18 impactado por 
 
(i)    plantas de beneficiamento temporariamente inativas, 
(ii)   maiores custos com matérias-primas e 
(iii)  menor custo diluído devido a menor produção no período. 
 
Consequentemente, o EBITDA para o trimestre veio em R$ 152,6 mm ante os R$ 38,1 mm no trimestre anterior.
 
Alavancagem e Resultado Financeiro
 
O resultado financeiro veio positivo em R$ 136 mm no trimestre, refletindo 
 
(i)     -R$ 11 mm em variação cambial, 
(ii)     receita financeira de R$ 67 mm, e 
(iii)    despesa financeira de -R$ 192 mm e 
(iv)    equivalência patrimonial de R$ 38 mm. 
 
Como resultado, a Usiminas reportou ganhos líquidos de R$ 76 mm, ante ganhos líquidos de R$ 401 mm no 4T18. A dívida bruta somou R$ 5.496 mm, uma redução de 6,1% t/t. A dívida líquida ficou em R$ 3.723 mm. Já a alavancagem, medida pela Dívida líquida/EBITDA caiu para 1.5x, ante 1.6x no 4T18.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da USIMINAS no 1º trimestre/2019, elaborado por GABRIELA E CORTEZ, Analista Senior, e  CATHERINE KISELAR, Analista, ambas do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GABRIELA E CORTEZ, Analista Senior, e CATHERINE KISELAR, Analista, ambas do BB Investimentos





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