O Canadá rejeitou totalmente a possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela, disse em uma entrevista coletiva a ministra canadense de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, depois que o Grupo de Lima se reuniu em Ottawa e emitiu uma declaração sobre a Venezuela.
"Eu li o ponto 17 de nossa declaração, que fala sobre a importância de um processo de transição política usando meios políticos e diplomáticos sem o uso de força ou coerção",
disse Freeland a repórteres nesta 2ª feira.
"O Canadá absolutamente descarta a intervenção militar".
Em outro ponto da declaração, o Grupo de Lima pediu aos militares venezuelanos que reconheçam Guaidó como presidente interino do país.
"Estamos, de fato, convocando as Forças Armadas da Venezuela ao apelarmos a todos os venezuelanos e pedimos a todos os governos do mundo que reconheçam Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela",
destacou Freeland.
Além disso, os membros do grupo e Guaidó discutiram os esforços para reconstruir e restaurar a economia do país, acrescentou Freeland.
"Dedicamos muito do nosso tempo hoje a falar sobre como o Grupo de Lima e a comunidade internacional podem apoiar a eventual reconstrução e reconstrução da Venezuela",
ponderou Freeland a repórteres na 2ª feira.
"Ouvimos de especialistas em economia, também ouvimos de representantes do presidente interino, Juan Guaidó, sobre os planos muito avançados que a oposição tem",
complementou.
Ajuda Humanitária: US$ 53 Milhões
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse no começo da reunião que Ottawa planejava fornecer US$ 53 milhões em ajuda humanitária para apoiar o povo da Venezuela.
Nota da Redação JF
Para se ter uma idéia da importância dessa oferta canadense, as reservas internacionais da Venezuela somam, neste momento, cerca de apenas US$ 8 milhões a que a Venezuela tem tido dificuldades de manipular nos últimos meses, em razão do embargo imposto pelos EUA.