Diário do Mercado na 2ª feira, 22.07.2019
Índice sobe com prosseguimento de melhor humor em Nova York
Comentário.
O índice brasileiro registrou um dia com comportamento morno, mas positivo. Os posicionamentos favoráveis dos investidores ainda repercutem as declarações de membros do Fed nos EUA na semana passada, que foram consideradas favoráveis pelos agentes, no sentido de afrouxamento da taxa de juros norte-americana.
Neste contexto, prosseguiram dando impulso aos mercados acionários de Nova York, que contagiaram os demais índices bursáteis mundo afora. Internamente, apesar do adiamento do anúncio do procedimento dos saques do FGTS e do PIS/Pasep, provavelmente com detalhes divulgados tão somente na próxima quarta-feira, o mercado acredita que poderá até ser significativo para ajudar o início de um ciclo de crescimento ainda este ano.
No Brasil, o dólar comercial recuou a R$ 3,7380 (-0,19%). A curva da estrutura a termo denotou recuo destacadamente na ponta curta, com os vencimentos na ponta mais longa terminando estáveis.
Ibovespa.
O índice principiou ascendente, mas logo depois passou a oscilar com curtas variações já ao redor de sua pontuação de fechamento. Entre as blue chips, os papéis do setor de bancos tiveram pequeno realce, mas Petrobras fechou praticamente de lado, enquanto a Vale terminou em baixa.
O Ibovespa encerrou em 103.949 pts (+0,48%), acumulando variações de +2,95% em julho, +18,28% no ano e de +32,30% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 11,502 bilhões, sendo R$ 11,204 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 18 de julho (último dado disponível), houve retirada líquida de capital estrangeiro em R$ 557,719 milhões da Bolsa, somando retirada líquida de R$ R$ 2,446 bilhões em julho. Em 2019, o saldo acumulado situa-se em R$ 6,347 bilhões.
Agenda Econômica.
Mais um dia de agenda esvaziada. Nos EUA, o índice de atividade do Fed de Chicago passou a -0,02 pts em junho, de -0,03 em maio (dado revisado de -0,05), ante consenso dos analistas de 0,08.
Câmbio e CDS.
O dólar cedeu ligeiramente, se descolando de movimento inverso do exterior, apoiado no melhor humor interno no dia.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,7380 (-0,19%), acumulando variações de -2,66% em julho, -3,54% no ano e 1,01% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil passou de 129 pts na sexta-feira para 128 pts agora.
Juros.
O mercado de juros futuros começou a denotar novos posicionamentos enquanto aguarda a decisão do Copom em ralação a taxa Selic, na próxima semana, no dia 31 de julho. A ponta curta fechou (recuou), enquanto a mais longa permaneceu estável.
Em relação à sessão anterior, assim findaram: DI janeiro/2021 em 5,49%, de 5,53%; DI janeiro/2023 em 6,36%, de 6,38%; DI janeiro/2025 estável em 6,94%; DI janeiro/2027 igual em 7,28%.
Para a semana.
Brasil: Arrecadação de impostos, Caged, IPCA-15, Confiança do consumidor FGV, dados do setor externo e dados do setor de crédito;
EUA: Estoques no atacado, Pedidos de bens duráveis, Vendas de casas novas, PMI e prévia do PIB do 2T19;
Zona do Euro: Confiança do consumidor, PMIs da Alemanha e da França e decisão de política monetária do BCE.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 22.07.2019, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos.
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