Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Internacional

05 de Março de 2019 as 23:03:58



RUSSIA acumula Reservas de US$ 450 BI, contra expectativas de Washington


Sanções de Washington ajudaram a Rússia a acumular 450 bilhões de dólares
 
A acumulação de um grande volume de reservas internacionais pelo Banco Central da Rússia é um efeito direto das sanções ocidentais contra a economia russa, opina a colunista da Sputnik Natalia Dembinskaya.
 
Em fevereiro de 2019, o volume das reservas internacionais russas atingiu 475 bilhões de dólares. Essa cifra supera significativamente o volume da dívida externa, que em janeiro se cifrava em 453 bilhões de dólares.
 
"Se for necessário, o Ministério das Finanças da Rússia será capaz de pagar sua dívida por completo",
 
sublinhou a jornalista.
 
As reservas internacionais são ativos altamente líquidos que o Banco Central da Rússia tem à sua disposição. O banco as utiliza para influenciar a taxa de câmbio da moeda nacional através de intervenções. As reservas internacionais de qualquer país incluem recursos denominados em moedas estrangeiras, ouro, direitos de saque especiais do FMI e obrigações.
 
Dembinskaya considera que um dos fatores que facilitaram a acumulação de reservas por parte da Rússia foi a chamada regra orçamentária, segundo a qual todas as receitas obtidas na indústria petrolífera acima do preço básico de 40 dólares por barril são direcionadas ao erário público do país.
 
Colchão de segurança
 
O Banco Central da Rússia fez intervenções monetárias em 2014 para apoiar a taxa de câmbio do rublo e salvar a economia do país das consequências da crise econômica. Como resultado, as reservas internacionais diminuíram 25%. A partir de 2015, a Rússia iniciou o longo processo de recuperação das suas reservas internacionais.
 
Desde fevereiro de 2018, estas reservas aumentaram mais de 27 bilhões de dólares (R$ 100 bilhões). Com esse crescimento, elas são ajustadas não apenas ao funcionamento da regra orçamentária, mas também à imposição de sanções pelos países ocidentais, opina a autor do artigo.
 
"O Banco Central da Rússia aplica gradualmente a política [de aumento das reservas internacionais]. Isso não é surpreendente: a pressão das sanções está aumentando e, por isso, a Rússia está criando ativamente uma espécie de colchão de segurança",
 
revelou Dembinskaya.
 
As sanções não permitem aos maiores bancos russos e às empresas petrolíferas obter novos créditos nos bancos ocidentais. As empresas russas começaram a pagar suas dívidas nos prazos previstos nos contratos, reduzindo assim sua alavancagem financeira. Isso levou à acumulação de meios financeiros, escreve o jornal The New York Times.
 
Segundo o jornal americano, esse efeito pode ser considerado como um fator negativo que retira recursos da economia russa e indica a redução do investimento. Entretanto, os economistas sublinham que a Rússia não precisa de créditos estrangeiros, porque a Rússia está na lista dos países menos endividados do mundo: no último ano sua dívida externa se reduziu em cerca de 10%.
 
Ouro em vez de dólares
 
Durante a última década, a composição das reservas internacionais russas mudou significativamente: os investimentos em títulos do Tesouro dos EUA foram reduzidos drasticamente, enquanto a percentagem de ouro aumentou.
 
Segundo os dados do Banco Central da Rússia, em 1 fevereiro de 2019, Rússia acumulou reservas de ouro estimadas em mais de 89 bilhões de dólares (R$ 330 bilhões), ou seja, o metal precioso é responsável por 18% de todas reservas internacionais do país.
 
Com o passar do tempo, a Rússia bem como outros países mostram cada vez menos confiança na moeda americana. Por exemplo, entre junho de 2017 e junho de 2018, o Banco Central russo reduziu seus ativos denominados em dólares de 46% para 22%.
 
"Do ponto de vista de desenvolvimento do sistema financeiro, não existe uma alternativa ao dólar. É uma espécie de proteção contra riscos cambiais, um seguro contra sanções e, sem dúvida, uma boa oportunidade para ganhar dinheiro […] Em caso de colapso do sistema financeiro baseado no dólar, o ouro inequivocamente conservará seu valor",
 
concluiu o analista.
 
 


Fonte: SPUTINIK NEWS. Chamada de capa da Redação JF.





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
T-MEC - EUA, México e Canadá assinam Acordo Comercial em substituição ao NAFTA 01/12/2018
T-MEC - EUA, México e Canadá assinam Acordo Comercial em substituição ao NAFTA
 
MÉXICO Lopez Obrador empossado na Presidência neste sábado, sob Altas Expectativas 01/12/2018
MÉXICO Lopez Obrador empossado na Presidência neste sábado, sob Altas Expectativas
 
MACRON Acordo entre UE e Mercosul depende da posição de Bolsonaro 01/12/2018
MACRON Acordo entre UE e Mercosul depende da posição de Bolsonaro
 
PUTIN lamenta cancelamento de encontro com TRUMP 30/11/2018
PUTIN lamenta cancelamento de encontro com TRUMP
 
G20 - TRUMP cancela encontro com PUTIN durante o G20 30/11/2018
G20 - TRUMP cancela encontro com PUTIN durante o G20
 
G20 reúne 85% do Produto Global e 2/3 da População Mundial 29/11/2018
G20 reúne 85% do Produto Global e 2/3 da População Mundial
 
G20 - 2018 - Comércio, Clima e Trabalho: Prioridades para o Brasil 29/11/2018
G20 - 2018 - Comércio, Clima e Trabalho: Prioridades para o Brasil
 
G20  Buenos Aires recebe líderes do G20 de 5ª a sábado 29/11/2018
G20 Buenos Aires recebe líderes do G20 de 5ª a sábado
 
PEQUIM constrói Base para Submarinos Não-Tripulados no Mar do Sul da China 27/11/2018
PEQUIM constrói Base para Submarinos Não-Tripulados no Mar do Sul da China
 
RÚSSIA se reforça com mais 12 Novos Submarinos e 30 Novos Navios 27/11/2018
RÚSSIA se reforça com mais 12 Novos Submarinos e 30 Novos Navios
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites