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Política

08 de Fevereiro de 2018 as 09:46:29



CPI DA PREVIDÊNCIA conclui: Apropriação Indébita, Falta de Gestão e Sucateamento, os problemas


Reforma da Previdência é classificada como ‘inconstitucional’ em audiência sobre relatório da CPI da Previdência no Senado
 
CPI da Previdência Social debateu o relatório aprovado por unanimidade, segundo o qual inexiste déficit da Previdência, mas sim apropriação indébita de suas receitas pelo governo, que as direciona para outras áreas, inclusive para o pagamento de juros da dívida pública; bem como por empresas devedoras que, em apropriação indébita de cerca de R$ 30 Bilhões anuais, deixam de honrar débitos previdênciarios, incluisive das cotas cobradas de seus funcionários.
 
 
Participantes de audiência pública avaliaram como inconstitucional a Reforma da Previdência, prevista na PEC 287/2016, que está em análise na Câmara dos Deputados.
 
A avaliação foi feita na 3ª feira, 06.02, em debate da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) sobre o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência Social.
 
O objetivo da discussão, segundo o presidente da CPI, senador Paulo Paim (PT-RS), foi de deixar claro o posicionamento contrário do colegiado à proposta do governo, por meio do debate dos resultados alcançados pela CPI.
 
Sobre as conclusões da comissão, o relator, senador Hélio José (Pros-DF), afirmou que a principal finalidade da CPI sempre foi expor “a verdade doa a quem doer” em relação ao déficit da seguridade social.
 
Nós comprovamos por A e B e por isso o relatório foi aprovado por unanimidade, inclusive pelo líder do governo na Casa —, demonstrando que as contas [do Governo] estavam em bases erradas. Na verdade, o que ocorre é uma grande falta de gestão e de direcionamento correto, além do sucateamento do INSS 
 
disse Hélio José.
 
 
“DNA inconstitucional”
 
De acordo com Mauro Silva, diretor da UNAFISCO Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, a reforma possui um “DNA inconstitucional”. A retirada de um direito social, informa o auditor, só é permita quando é absolutamente necessária para o reajuste das contas do governo, segundo o Princípio da Proporcionalidade previsto na Carta Magna.
 
Se o governo não fez a sua parte, não combateu as fraudes, não combateu a sonegação e continua dando benefícios economicamente ineficientes [para empresas], então, por esse princípio básico da Constituição, nenhum direito social pode ser,
 
declarou.
 
Mauro Silva informou ainda que atualmente a Receita conta com 3,3 mil auditores a menos do que há dez anos. Para ele, este dado é suficiente para concluir que as fraudes não estão sendo combatidas da forma adequada.
 
A inconstitucionalidade da reforma também foi defendida pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Segundo a senadora, a PEC 287/2016 faz parte de um esforço do governo para um “desmonte da Constituição de 88”. Fátima classificou ainda como uma “falácia” o déficit da Previdência.
 
 
Fraudes
 
O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Silva, chamou atenção para o crime de “apropriação indébita previdenciária”, previsto no Código Penal. Ele explicou que a infração ocorre quando o agente empregador deixa de repassar à Previdência as contribuições recolhidas dos empregados contribuintes, no prazo e de forma legal. O sindicalista disse ainda que a ocorrência do crime é algo que o governo tem conhecimento.
 
Em todos os anos, constatamos que cerca de R$ 30 bilhões são apropriados de forma indevida
 
afirmou.
 
A cobrança de dívidas de grandes empresas foi defendida também pelo presidente da ANATRAMA Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Guilherme Guimarães Feliciano. Segundo ele, é mais óbvio “cobrar do grande para poupar do pequeno”, ou seja, cobrar das grandes empresas devedoras o que é devido aos cofres públicos para não ser necessário cobrar do pequeno trabalhador. Contudo, Guimarães afirma que a PEC 287/2016 e demais propostas do governo seguem o raciocínio oposto, de “cortar do pequeno para assegurar ao grande”.
 
 
Mudanças
 
Três pontos principais presentes na PEC 287/2016 foram citados na audiência: o aumento tanto do tempo de contribuição quanto da idade para se ter direito ao benefício e a diminuição do valor da aposentadoria. Para o vice-presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Antônio José de Carvalho Araujo, o aumento dos anos de trabalho é o maior problema da proposta do governo.
 
Caso seja aprovada, a reforma vai retirar o que nós temos de mais precioso: o tempo. Ela vai forçar o trabalhador a contribuir por 40 anos para ter direito a um benefício integral,
 
declarou o juiz.


Fonte: SENADO NOTÍCIAS





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