Diário do Mercado na 5ª feira, 04.01.2018
Exterior puxa nono avanço do Ibovespa, que renova recorde
Resumo.
O rali de alta que se iniciou no fim de 2017 seguiu firme no terceiro pregão do ano, com renovação de recorde histórico de fechamento, aos 78.647 pts (+0,84%) – a terceira consecutiva.
As bolsas no exterior encerraram com ganhos relevantes, apoiados no otimismo com o crescimento da economia global e isto foi fator preponderante para a nona sessão seguida de alta do Ibovespa.
Outro dado importante a ser ressaltado é o contínuo ingresso líquido de capital estrangeiro, que na terça-feira registrou o segundo maior volume líquido desde setembro.
Ibovespa.
O índice principiou a sessão com forte movimento ascendente, que se manteve até as duas últimas horas de pregão, quando ocorreram realizações. A máxima foi atingida durante a tarde, aos 79.134 pts (1,46%) – caracterizando novo recorde intradiário. Os setores financeiro e de siderurgia puxaram a alta do índice, enquanto os papéis do setor elétrico recuaram.
O Ibovespa encerrou aos 78.647 pts (+0,84%), acumulando +2,94% no ano e +27,70% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 8,854 bilhões, sendo R$ 8,360 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 3ª feira, 02.01, primeiro pregão do ano, houve ingresso líquido de capital estrangeiro no montante de R$ 865,817 milhões na bolsa - sétima sessão consecutiva com ingresso líquido de recursos.
Agenda Econômica.
No Brasil, o PMI composto registrou ligeira queda de 48,9 pts em novembro para 48,8 pts em dezembro. Já o PMI de serviços subiu a 47,4 pts em dezembro, ante 46,9 pts em novembro.
Nos EUA, o setor privado gerou 250 mil postos de trabalho em dezembro, contra a criação de 185 mil vagas em novembro – bem acima da projeção de 190 mil empregos. O PMI composto subiu de 53,0 pts em novembro para 54,1 pts em dezembro. Já o PMI de serviços avançou a 53,7 pts em dezembro, frente a 52,4 pts registrado em novembro – melhor que a projeção de 52,5 pts.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou em terreno negativo durante toda a sessão, acompanhando o comportamento da divisa ante as principais moedas no exterior. A mínima intradiária foi atingida no Dezorrer da tarde aos R$ 3,2220 (-0,62%), mas o dólar recuperou parte das perdas a caminho do fim do pregão.
A divisa encerrou recuando pela terceira sessão consecutiva, cotado a R$ 3,2340 (-0,25%), acumulando -2,44% no ano e +0,56% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos caiu pelo décimo dia consecutivo a 148 pts, menor patamar desde setembro de 2014 – frente a 153 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular próximos da estabilidade, com ligeiro viés de baixa nas taxas de curto prazo e de alta na estrutura longa da curva.
Para a sexta-feira.
Brasil: IPC FIPE, produção industrial, produção de veículos Anfavea, vendas de veículos Anfavea e exportações de veículos Anfavea;
EUA: payroll, balança comercial, pedidos de fábrica, pedidos de bens duráveis, pedidos bens capital não def. exc. av;
Zona do Euro: IPP e IPC principal;
Alemanha: vendas a varejo;
França: confiança do consumidor e IPC.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 04.01.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, da equipe do BB Investimentos