CONEXÃO MERCADO – FECHAMENTO em 28.10.2020
Roger Marçal, Gerente
Mirela de Castro Rampini
Elifrancis Braga Almeida
do BB DIMEF Cenários Financeiros
MERCADO EXTERNO
Mercados encerram o dia em aversão ao risco, em meio ao temor pelo avanço do coronavirus na Europa e EUA.
► No exterior, sessão é marcada pela aversão ao risco, com aumento do número de contágios por de covid-19 na Europa e EUA. Além disso, a falta de expectativa de que um acordo bipartidário seja alcançado antes da eleição em 03/11 e balanços corporativos mistos também contribuíram para queda do humor dos mercados.
► Na Europa, Merkel confirmou, notícias anteriormente informadas pela imprensa alemã, de que irá fechar restaurantes, bares, teatros, academias e cinemas, por período um de mês, para tentar conter o coronavírus. A presidente da Comissão Europeia disse, hoje, que há expectativas de que o número de casos da doença continue aumentando na região pelas próximas 2 ou 3 semanas.
► Na França, Macron disse que na próxima sexta feira será decretado um lockdown parcial, com bares e restaurantes fechados, no entanto, escolas permanecerão abertas e liberadas atividades físicas praticadas ao ar livre.
► Nos EUA, foi divulgado que a média diária de contágios por coronavírus chegou a 70.289 novos casos, o maior nível desde o início da pandemia.
► Em relação ao petróleo, os contratos futuros caíram forte, com os investidores preocupados com o aumento de casos de covid-19 pelo mundo e com os estoques de petróleo dos EUA acima das previsões
► Bolsas: Em NY, índices fecharam em forte queda, diante dos temores por avanço do coronavírus conjugado à divulgação de balanços mistos. Destaques de queda para: Facebook, Amazon, Apple, Tesla, Amd e Alibab. Na Europa, bolsas também fecharam com perdas, com rumores de lockdown na região, iniciados por França e Alemanha. Destaques de queda para as ações aéreas e montadoras de automóveis.
► Juros: As yields dos treasuries oscilaram entre altas e baixas fechando em torno da estabilidade, em meio à cautela por incertezas diversas e pontos técnicos de recomposição de posições. .
► Câmbio: o dólar fechou em alta ante praticamente todas as moedas, refletindo o quadro de busca por segurança nos mercados globais em geral.
MERCADO INTERNO
Aversão ao risco no exterior, expectativa pelo comunicado do Copom e ruídos locais direcionam os negócios
► No Brasil, os mercados adotaram uma postura mais defensiva, embora voláteis, diante das incertezas que rondam o cenário global e ruídos locais.
► No mais, os investidores seguem no aguardo pelo comunicado do Copom hoje à noite, em meio a dúvidas sobre se o Banco Central vai alterar ou manter o tom dovish da reunião anterior apesar da alta recente da inflação e dos riscos fiscais.
► Declarações recentes de Maia e do relator da PEC Emergencial, senador Marcio Bittar, renovaram as preocupações com o andamento da agenda fiscal ainda esse ano e com impactos para 2021.
► O líder do governo reiterou que a votação do veto da desoneração da folha de pagamentos será na próxima semana e admite que deve ser derrubado.
► O TCU aprovou alertas sobre meta flexível para o Orçamento de 2021 por considerar que não condiz com as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e manifestou ainda preocupação com a demora na votação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021.
► Dólar: fechou em alta frente ao real, em linha com o movimento das demais moedas emergentes, ficando no nível em torno de R$ 5,76, com o leilão de moeda à vista do BC apenas suavizando o movimento no intraday. Aversão ao risco externa e preocupações fiscais pesam na moeda doméstica.
► Juros: operou instável, com os vértices curtos e médios apontando alta marginal, à espera da decisão do Copom, enquanto os longos aliviaram o movimento de alta observado em boa parte da sessão, fechando com leve viés de queda.
► Ibovespa: fechou em queda expressiva, em linha com os pares globais, ficando no nível dos 95 mil pts, em meio ao clima de aversão ao risco no exterior e incertezas locais. Destaque para queda do setor financeiro, Petrobras, Vale, Eletrobrás, varejistas e aéreas.
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
Roger Marçal, Gerente, Mirela de Castro Rampini, Elifrancis Braga Almeida,
do BB DIMEF Cenários Financeiros