Movimento do Mercado Financeiro na 6ª feira, 07.08.2015
O Ibovespa já abriu deslizando e seguiu sempre operando em baixa, com a perda se acentuando nas duas horas finais de negócios.
A pressão vendedora se manteve ao longo de todo o pregão e a queda foi generalizada no índice doméstico, com deslocamento adverso em relação à trajetória do Dow Jones.
A elevação da aversão ao risco global, com os agentes considerando uma possibilidade maior de alta de juros nos EUA já em setembro, derrubou os mercados bursáteis pelo mundo, afetando mais incisivamente os países emergentes.
As ações de maior liquidez sofreram com a saída de capital externo, e entre elas, destaques negativos para a Petrobras – cujo balanço também não agradou os agentes; e para os papéis da Vale e do setor de bancos – e nem as exportadores se salvaram hoje.
Nos EUA, a geração de vagas (payroll) e a taxa de desemprego sugerem que a economia norte-americana prossegue pujante, alimentando a expectativa de uma possível elevação de juros pelo Fed em setembro próximo e impactou negativamente hoje os mercados acionários pelo mundo.
No índice, os setores com piores performances foram: Petróleo/Petroquímico; Bancos; Siderurgia/Mineração; e Consumo.
Destaques individuais negativos ponderados para:
- PETR4 (R$9,69; -6,1%; giro R$642 milhões);
- ITUB4 (R$28,19; -2,93%; giro R$424 milhões);
- PETR3 (R$10,61; -7,42%; giro R$242 milhões);
- BBDC4 (R$25,28; -2,77%; giro R$260 milhões);
- VALE3 (R$18,42; -5,92%; giro R$125 milhões);
- VALE5 (R$14,91; -4,85%; giro R$253 milhões);
- ABEV3 (R$19,52; -1,71%; giro R$196 milhões); e
- UGPA3 (R$66,5; -4,41%; giro R$121 milhões).
Ibovespa
O índice doméstico fechou aos 48.577 pts (-2,87%), acumulando -4,50% na semana (e no mês), -2,86% no ano e -13,55% em 12 meses. Em dados preliminares, o giro da Bovespa foi de R$5,94 bilhões (R$5,71 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$4,85 bilhões.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa teve retirada capital externo de R$83,952 milhões no último dia 5, somando R$162,191 milhões em agosto mês (-R$568 milhões em julho) e acumulando R$21,134 bilhões em 2015.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,5100 (-0,74%), acumulando +2,72% na semana (e no mês), +32,20% no ano e +52,81% em 12 meses.
Nos Juros futuros (DI), tanto as taxas mais curtas, como as mais longas subiram, elevando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros. O global aumento da aversão ao risco pressionou para cima as taxas hoje.
Indicadores.
No Brasil, o IPCA (inflação ao consumidor) variou +0,62% em julho (maior variação para este mês desde 2004), ante +0,79% em junho – consenso em +0,60%, acumulando 6,83% no ano e 9,56% em 12 meses.
Nos EUA, o payroll registrou criação de 215 mil vagas na economia em julho – consenso em 225 mil, mas, a revisão de dados do bimestre maio-junho mostrou ampliação de mais 14 mil postos de trabalho. Já a taxa de desemprego manteve-se em 5,3% em julho.
Agenda da próxima semana - Destaques (vide pg.3)
- No Brasil, IGP-M 1ª prévia (10), vendas a varejo (11), IGP-10 e atividade econômica (13);
- nos EUA, produtividade de produtos não-agrícolas, custo da mão-de-obra e estoques e vendas no atacado (10), vendas no varejo, dados de seguro-desemprego e estoques de empresas (12), produção industrial, capacidade instalada, índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan e PPI (13);
- na China, Balança comercial, IPC e IPP (8), vendas varejo e produção industrial (11) e investimento estrangeiro (12).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do movimento do mercado na 6ª feira, 07.08.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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