A nossa projeção preliminar para o IPCA de julho aponta variação de 0,18%
O IPCA registrou variação de -0,23% em junho, resultado um pouco abaixo da nossa estimativa e da mediana das expectativas de mercado. Com isso, o indicador acumulou alta de 1,18% no primeiro semestre, com a taxa em 12 meses recuando para 3,00%, ante 3,60% no mês anterior.
A principal contribuição de baixa no mês veio da energia elétrica (-0,20 p.p.), refletindo o acionamento da bandeira tarifária verde no início de junho, após dois meses de bandeira vermelha.
Para julho, a nossa projeção preliminar para o IPCA aponta variação de 0,18%, o que resultará em novo recuo na taxa em 12 meses, para 2,7%. A principal contribuição de alta no mês virá da energia elétrica, em razão dos efeitos do acionamento da bandeira amarela e de reajustes em algumas concessionárias.
O IPCA apresentou variação de -0,23% em junho, resultado um pouco abaixo da nossa estimativa (-0,17%) e da mediana das expectativas de mercado (-0,19%). O maior desvio em relação à nossa estimativa veio no resultado dos preços livres do setor industrial, que mais do que compensou a alta acima do previsto dos serviços.
O IPCA havia registrado variação de 0,31% no mês anterior e 0,35% em junho de 2016. No primeiro semestre, o índice acumulou alta de 1,18%, bem abaixo dos 4,42% apurados no mesmo período do ano passado.
De acordo com o IBGE, essa foi a menor taxa acumulada no primeiro semestre desde 1994. Já na taxa dos últimos 12 meses, a inflação oficial recuou para 3,00%, após registrar alta de 3,60% em maio.
Os preços livres apresentaram variação de -0,04% em junho, com a taxa em 12 meses recuando para 2,9% (ante 3,3% no mês anterior), enquanto os preços administrados recuaram 0,83% – com destaque para as quedas de energia elétrica e gasolina –, com a taxa em 12 meses cedendo para 3,3% (ante 4,4% no mês anterior).
No âmbito dos preços livres, a alimentação no domicílio apresentou queda de 0,93% no mês, com a taxa em 12 meses recuando de 1,1% para -0,6%; os preços industriais variaram -0,12%, com a taxa em 12 meses recuando de 1,6% para 1,3%; e os serviços subiram 0,43%, com a taxa em 12 meses subindo de 5,6% para 5,7%.
Por sua vez, o indicador subjacente da inflação de serviços – que exclui itens relacionados a turismo, serviços domésticos, cursos e comunicação – variou 0,45%, com a taxa em 12 meses passando de 4,6% para 4,7%.
Confira no anexo a íntegra do estudo elaborado por ELSON TELES, economista da equipe de Cenaristas do ITAÚ BBA, em arquivo pdf.