Diário do Mercado na 4ª feira 24.06.2020
Ibovespa recua, acompanhando bolsas de Nova York
Comentário.
O índice brasileiro já abriu declinante, impactado pelos índices futuros negativos das bolsas de Nova York e o cenário externo predominou no dia, com elevação da aversão ao risco. Externamente, a tensão comercial entre EUA e a Europa já trouxe cautela inicial aos agentes.
Entretanto, as maiores preocupações dos investidores se voltaram para uma possibilidade cada vez maior de uma segunda onda da pandemia do covid-19, com a verificação do maior número de casos (34.313) nos EUA, desde o recente dia 23 de abril.
Ademais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) avisou que a expectativa de uma vacina para breve contra o coronavírus pode ser frustrada.
De outra mão, os preços futuros para agosto dos barris de petróleo fecharam com firmes quedas, com o aumento de estoques norte-americanos e informações adversas sobre a patologia pelo mundo: o tipo Brent em US$ 40,31 (-5,44%) e o tipo WTI US$ 38,01 (-5,85%).
Assim, neste panorama, os índices acionários norte-americanos tiveram um dia de realizações – o Nasdaq, o S&P500 e o Dow Jones findaram com baixas superiores a 2,0%.
[No Brasil] O dólar comercial denotou firme elevação, encerrando cotado a R$ 5,3230 (+3,34%). Os juros futuros subiram, exceto o de curtíssimo prazo, com destaque para taxas intermediárias.
Ibovespa.
O índice já abriu cadente e seguiu decaindo até a primeira hora da tarde. A partir daí, foi lentamente recuperando algum terreno, mas, ficou contido pela trajetória lateral do S&P500 na parte da tarde. Ponderadamente, os papéis do setor de bancos pesaram, depois, aa ações da Petrobras.
O Ibovespa fechou aos 94.377 pts (-1,66%), acumulando -0,62% na semana, +7,98% no mês, -18,39% ano e -7,53% em 12 meses. O razoável preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 25,9 bilhões, sendo R$ 23,3 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 22 de junho, a Bovespa contabilizou saída líquida de R$ 791,361 milhões, acumulando R$ 2,377 bilhões no mês. Em 2020, o saldo negativo está em -R$ 74,470 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Câmbio e CDS.
O dólar principiou em leve elevação, mas após a primeira hora de negócios escalou rapidamente até o meio dia. A partir daí, na parte da tarde, a divisa ficou navegando de lado, com ligeiras variações até seu fechamento. No mercado internacional, houve alta aversão ao risco e o Real teve a mais fraca performance diante do dólar entre as principais economias emergentes.
A moeda encerrou cotada a R$ 5,3230 (+3,34%), acumulando +0,11% na semana, -0,28% no mês, +32,68% no ano e +39,13% em 12 meses.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) subiu a 261 pts versus 253 pts ontem.
Juros.
Os juros futuros, com exceção do curtíssimo prazo, encerraram com elevações, com destaque de alta para os contratos intermediários, que foram influenciados pelo avanço do dólar, assim como os vencimentos longos. Assim fecharam as taxas em relação a ontem:
DI julho/2020 em 2,15%;
DI outubro/2020 em 2,09 de 2,08%%;
DI janeiro/2021 em 2,05% de 2,04%;
DI janeiro/2022 em 3,07% de 3,01%;
DI janeiro/2023 em 4,22% de 4,11%;
DI janeiro/2025 em 5,94% de 5,81%;
DI janeiro/2027 em 6,93% de 6,80%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamentto do mercado na 4ª feira, 24.04.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRAL ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos.
hmoreira@bb.com.br
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