Diário do Mercado na 5ª feira, 02.07.2020
Bolsa não sustenta alta e encerra o pregão próxima da estabilidade
Comentário
O índice doméstico abriu a sessão em forte alta embalado pela divulgação de dados positivos do mercado de trabalho americano (payroll) e também pelo anúncio de novos estímulos fiscais nos EUA.
Na parte da manhã, o Ibovespa quase bateu a casa dos 98 mil pontos registrando uma alta de cerca de 1,7%. Ao longo do dia, no entanto, cresceram as preocupações em torno de uma segunda onda de infecções por coronavírus nos EUA e o índice acabou perdendo força.
A tensão comercial entre EUA e China também segue no radar dos investidores. Aqui no Brasil, a divulgação dos dados da produção industrial de maio, mostrando um crescimento de 7,0% após duas quedas consecutivas, não foi suficiente para segurar a alta e o indicador acabou encerrando o pregão praticamente estável com 96.234 pontos (+0,03%).penhos na comparação com seus pares emergentes.
Ibovespa.
O índice abriu a sessão em forte alta e operou a maior parte do dia em terreno positivo chegando a atingir uma alta de cerca de 1,7%, mas, ainda pela manhã, acabou devolvendo boa parte da alta encerrando o dia praticamente estável com 96.234 pontos (+0,03%).
Entre as maiores altas, o destaque foi o BTG Pactual (BPAC11) com uma alta de 3,27%. Já pelo lado das mínimas, as ações do IRB (IRBR3) voltaram a apresentar a maior queda do pregão (-12,24%).
O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 27,2 bilhões, sendo R$ 25,0 bilhões no mercado à vista. N
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 30 de junho (dado mais recente), os investidores estrangeiros retiraram R$ 499,572 milhões da B3, a qual encerrou o mês com um ingresso líquido acumulado de R$ 343,030 milhões.
No acumulado de 2020, os investidores já retiraram R$ 76,504 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Câmbio e CDS.
O dólar iniciou o dia em queda e, refletindo o bom humor no exterior, chegou a registrar a mínima de R$5,2669. No decorrer do dia, porém, a cotação virou com o receio em torno de uma segunda de Covid-19 nos EUA. As preocupações em relação à questão fiscal interna e a expectativa de um novo corte nos juros também contribuíram para a desvalorização do Real, cujo movimento foi na contramão de seus pares emergentes.
A moeda terminou o dia cotada a R$ 5,3488, uma alta de 0,72%.
Risco-Pais
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) cedeu a 231 pts contra 247 registrado no dia anterior.
Juros.
Os juros futuros de prazos mais curtos oscilaram de forma mais tímida, enquanto os de médio e longo prazo agregaram prêmios de risco seguindo o movimento de desvalorização do câmbio. Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior:
DI outubro/2020 em 2,09% de 2,07%;
DI janeiro/2021 em 2,08% de 2,06%;
DI janeiro/2022 em 2,91% de 2,89%;
DI janeiro/2023 em 4,01% de 3,96%;
DI janeiro/2025 em 5,63% de 5,61%;
DI janeiro/2027 se manteve em 6,54%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado em 02.07.2020, elaborado por RICHARDI FERREIRA, CNPI, integrante do BB Investimentos