Diário do Mercado na 6ª feira, 13.12.2019
Ibovespa renova recorde com acordo comercial parcial “fase 1” EUA-CHINA
Comentário.
O índice doméstico brasileiro esteve oscilante até quase o meio da tarde, mas firmou-se em campo positivo daí em diante, em dia de “zeragem” de opções sobre ações, cujo vencimento do exercício se dará na próxima 2ª feira, dia 16.12.
A divulgação de que finalmente foi sacramentado o acordo comercial inicial “fase 1” entre EUA e China terminou por determinar um maior apetite ao risco no dia, mesmo que com certa cautela.
Em suma, não foi dado um maior detalhamento do acerto, bem como não foi tão amplo quanto os agentes acreditavam, visto que foi suspensa a colocação de novas tarifas sobre produtos chineses a partir do próximo dia 15 de dezembro, mas não foram retiradas as anteriores que foram impostas.
Também, de um lado os norte-americanos citaram que a “fase 2” começa imediatamente, mas os chineses disseram que somente após a implementação da “fase 1”.
Neste panorama, os índices acionários das bolsas de Nova York estiveram navegando ao redor da estabilidade, com o S&P500 e o Dow Jones terminando “de lado” e Nasdaq com pequena elevação. Vale lembrar que na próxima semana os agentes deverão monitorar discursos de diversos membros do Fed.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 4,1070 (+0,37%). Os juros futuros curtos terminaram praticamente estáveis, os intermediários em baixa e os longos em alta.
Ibovespa.
O índice principiou oscilante e depois colou sua trajetória no índice S&P500 no restante da sessão, mas findando com ganho maior.
O Ibovespa fechou aos 112.564 pts (+0,33%), acumulando +1,30% na semana, +4,00% no mês, +28,08% no ano e +28,15% em 12 meses. O vigoroso preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 25,8 bilhões, sendo R$ 23,5 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 10 de dezembro (último dado disponível), a Bovespa teve retirada líquida de -R$ 1,543 bilhão de capital estrangeiro, com saldo negativo de -R$ 2,961 bilhões no mês. Em 2019, a retirada líquida passou a -R$ 42,217 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o índice de atividade econômica do Banco Central variou +0,17% em outubro (com ajuste sazonal) ante +0,48% em setembro (revisado de +0,44%) –consenso em +0,20%. Já em relação a outubro de 2018, avançou +2,13% versus +2,10% em setembro-2019/setembro-2018 – consenso em +2,00%.
Câmbio e CDS
O dólar comercial (interbancário) esteve volátil pela manhã, mas firmou-se em alta na parte da tarde. A falta de detalhamento do acordo comercial “fase 1” suscitou este comportamento. Em verdade, apesar do repique no dia, a divisa vem em tendência de baixa desde o fechamento em R$ 4,2580, no dia 27 de novembro, com o real se valorizando 3,55% frente ao dólar neste período até hoje.
A moeda terminou cotada a R$ 4,1070 (+0,37%), acumulando -0,94% na semana, -3,14% no mês, +5,99% no ano e +5,74% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil 5 anos baixou para 101 pts versus 103 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros apresentaram um pregão de ajustes de posicionamentos em sua curva de estrutura a termo. Os vencimentos curtos terminaram praticamente estáveis, os intermediários em baixa e os longos em alta.
Em relação ao pregão anterior, assim fecharam os contratos:
DI janeiro/2020 em 4,40%;
DI janeiro/2021 em 4,51% de 4,54%;
DI janeiro/2022 em 5,17% de 5,20%;
DI janeiro/2023 em 5,72% de 5,75%;
DI janeiro/2025 em 6,36% de 6,34%;
DI janeiro/2027 em 6,70% de 6,68%.
Agenda.
Vide página 4.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 13.12.2019, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos.
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