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Investimentos

31 de Julho de 2020 as 20:07:00



PETROBRAS - Resultados Operacionais e Prévias do 2º Trimestre/20: Resiliência


BB-BI - PETROBRAS - Resultado no 2º Trimestre/2020
 
Resiliência, em um trimestre marcado por forte queda na demanda e nos preços
 
A Petrobras divulgou na 5ª feira, 30.07, resultados positivos do 2T20, em nossa opinião, dadas as condições extremamente desfavoráveis no período, tanto em relação a preços (queda do petróleo), quanto na demanda (efeitos da pandemia).
 
O EBITDA ajustado atingiu R$ 24,9 bilhões, 8,4% acima de nossas estimativas. Além disso, houve boa geração de caixa, associada a uma queda no custo de extração e um elevado volume de exportações.
 
Do lado negativo, ressaltamos as menores margens e a elevação nas despesas operacionais, principalmente com vendas, dado o maior volume exportado.
 
Em suma, um bom trimestre, considerando que este é um setor extremamente impactado pela crise e, mesmo assim, ter apresentado números acima do esperado.
 
Destaques operacionais.
 
A produção de O&G atingiu 2.802 kboe/d no 2T20, um aumento de 3,7% t/t.  Assim como já comentado em nosso relatório de prévias operacionais, a companhia optou por hibernar plataformas de águas rasas e interromper temporariamente a produção de três FPSOs na bacia de Santos, e um na bacia de Campos, dada a queda na demanda, principalmente no mês de abril.
 
No segmento de refino, houve uma forte redução no fator de utilização, que chegou a 70%, ante 79% no 1T20, mas com recuperação no final do trimestre. Com isso, a produção de derivados foi reduzida em 10,6% t/t, enquanto as vendas de derivados sofreram declínio de 8% t/t.
 
Destaques Financeiros.
 
A receita líquida atingiu R$ 51 bilhões, -33% t/t e 8% abaixo de nossas estimativas, afetada principalmente pelo menor valor do petróleo (queda de 29% t/t do Brent em reais), e pelo menor volume de vendas de derivados no mercado doméstico (-33,8% t/t e -42,6% a/a).
 
Assim, o EBITDA ajustado atingiu R$ 24,9 bilhões, -24% t/t e 8,4% acima da nossa estimativa de R$ 23 bilhões, beneficiado pelo câmbio, de um lado, e prejudicado por maiores despesas de vendas (+14% t/t, dado o maior esforço para exportação) e pelos gastos com PDV (R$ 4,8 bilhões), sendo parcialmente mitigado pelos ganhos com a equalização feita nos Acordos de Individualização da Produção (AIPs) da área de Tupi e dos campos de Sépia e Atapu.
 
O resultado financeiro líquido apresentou números mais favoráveis (-42% t/t), dado o efeito da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS (após ganho judicial, impacto de +R$ 10,9 bilhões), o que colaborou para amenizar o resultado líquido negativo do trimestre de R$ 2,7 bilhões.
 
Destaques por segmento.
 
Em E&P, houve uma redução de 59% no lucro bruto t/t, como consequência do menor valor do Brent (-42% t/t), a despeito de um menor custo de extração (-12,3% t/t), beneficiado pela hibernação de poços em águas rasas, que possuem custos médios mais elevados.
 
O EBITDA ajustado do segmento ficou em R$ 21,9 bilhões, uma queda de 36% t/t.
 
No Refino, houve um bem-vindo efeito positivo do giro de estoques, em contraste com o 1T20, gerando um efeito positivo de R$ 4,2 bilhões e elevando o lucro bruto a patamares positivos, revertendo o resultado negativo do 1T20.
 
As menores margens de derivados, principalmente diesel e QAV, bem como o aumento das despesas operacionais, restringiram o crescimento do EBITDA, que ficou em R$ 114 milhões; um resultado fraco, mas em linha com as expectativas, dada a condição da pandemia.
 
No segmento de Gás & Energia, as receitas apresentaram queda de 22% t/t (-19% a/a), prejudicadas pelo menor volume comercializado de gás natural, como consequência da pandemia.
 
Ainda assim, maiores margens garantiram um maior lucro bruto (+6% t/t), mas o aumento em despesas operacionais (+17% t/t) seguraram o crescimento do EBITDA, que atingiu R$ 1,9 bilhão (-12% t/t).
 
Opinião do analista.
 
Avaliamos o 2T20 como positivo, dada a resiliência em apresentar um fluxo de caixa livre de R$ 15,8 bilhões, mesmo em um cenário extremamente prejudicado pelos menores preços de petróleo.
 
Mantemos uma visão otimista sobre a Petrobras, motivada pela contínua queda nos custos de extração, em conjunto com as novas adições à produção, especialmente no campo de Búzios.
 
Como contraponto, vale mencionar que as perspectivas de dividend yield se encontram prejudicadas, dadas as maiores dificuldades para elevação dos yields, em especial para as ações PN que, de acordo com nosso modelo, só deve se equiparar às ON em 2024, ante a expectativa prévia de 2021, por conta de uma situação de elevação no endividamento em comparação com as condições pré pandemia.
 
Assim, mantemos a Recomendação de Compra com preço alvo de R$ 23,50 para PETR4 e PETR3 para o final de 2020.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da PETROBRAS no 2º trimestre/2020, elaborado por DANIEL COBUCCI, CNPI, integrante do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: DANIEL COBUCCI, CNPI, integrante do BB Investimentos





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