Conexão Mercado - Fechamento em 05.10.2020
Roger Marçal, Gerente,
Luiz Claudio Arraes Liberali,
Adriana dos Santos Lima,
do DIMEF – Cenários Financeiros
Mercado Externo
Mercados encerram o dia com viés majoritariamente positivo, animados com a possibilidade de um pacote fiscal nos EUA e com a recuperação da saúde de Trump.
► No exterior, os mercados finalizaram o dia com apetite por risco, estimulados com a chance de um novo pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos e com boas expectativas sobre a saúde do presidente Donald Trump, que anunciou sua saída do Hospital ainda hoje.
► Nesse sentido, os indicadores de atividade econômicos europeus, que vieram mais ortes que o esperado, como também os americanos, que vieram mistos, sustentaram a confiança dos mercados.
► O petróleo, fechou com ganho firme, influenciados por uma greve de trabalhadores do setor que pode afetar a produção na Noruega e nova tempestade tropical que pode afetar a região produtora do Golfo do México.
► O dirigente do Fed de Chicago, Charles Evans, afirmou hoje que, sem o apoio fiscal "adequado", a dinâmica de recessão pode ganhar força nos Estados Unidos. Também disse que a inflação deve ter avanço "gradual" e atingir a meta de 2% de modo persistente em 2023, e que depois o BC deixará que ela supere esse nível por um tempo moderado.
► Bolsas: Em NY e Europa, os principais índices fecharam em alta, sustentados pela perspectiva favorável da saúde de Trump, indicadores econômicos surpreendentes e esperança de acordo para o novo pacote fiscal.
► Juros: As yields dos treasuries avançaram generalizadamente, indicando abertura da inclinação da curva americana, com novos estímulos no radar dos investidores, além de surpresa positiva com indicadores americanos.
► Câmbio: o dólar DXY, frente as principais moedas, com também frente aos emergentes fecharam em queda devido à maior procura de risco. As divisas emergentes terminaram no campo positivo, apoiadas no apetite pelo risco geral e valorização das commodities.
Mercado Interno
Mercados operaram em propensão ao risco, refletindo ambiente externo e alívio com preocupações fiscais
► No Brasil, os ativos abriram a semana se recuperando da turbulência observada na semana anterior, refletindo uma melhor sinalização política de comprometimento com o regime fiscal e viés positivo no exterior.
► Encontros entre líderes políticos e declarações mais positivas sobre a visão de manutenção das regras fiscais, ao contrário dos debates que elevaram o grau de preocupações dos investidores na última semana, contribuíram para o alívio registrado no pregão.
► Além disso, ainda há expectativa de que Guedes e Maia se reaproximem para discutir uma agenda mínima para avanço da reforma tributária e construção de uma solução para a criação do programa social, disse o ministro do TCU, Bruno Dantas, que tenta promover um encontro.
► Por outro lado, os agentes sabem que as questões fiscais estão longe de serem solucionadas, em decorrência da complexidade das medidas que precisam ser tomadas e da ausência do espaço de tempo para tramitação da agenda econômica no Congresso, diante da proximidade das eleições municipais.
► Dólar: segue para fechar em baixa, influenciado pelo movimento no cenário externo e alívio político local. Voltando a operar abaixo de R$ 5,60, segue para fechar mais próximo de R$ 5,55.
► Juros: fecharam em queda, em todos os vértices, refletindo melhora do ambiente global e doméstico + desvalorização acentuada do dólar.
► Ibovespa: fechou em alta forte, recuperando o nível de 96 mil pts, após ter atingido 93 mil pts na última semana no pior momento de tensão. Destaque de alta para as ações da Petrobras, Vale, Eletrobras e setor financeiro.
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por Roger Marçal, Gerente, Luiz Claudio Arraes Liberali, Adriana dos Santos Lima, do DIMEF – Cenários Financeiros