Carteira de Fundos Imobiliários - Outubro 2020
Victor Penna
Kamila Oliveira
do BB-BI
O IFIX novamente seguiu na contramão do Ibovespa e avançou 0,46%, aos 2.795 pontos. Em 12 meses, o índice acumula uma alta de 4,12%.
Em um mês de grande volatilidade na bolsa, o IFIX girou em torno dos 2.790 pontos e, ao contrário do Ibovespa, que encerrou o mês em queda de 4,80%, o índice de Fundos Imobiliários fechou setembro com alta de 0,46%, aos 2.795 pontos.
No geral, temos observado um mercado imobiliário bastante aquecido, com forte crescimento no número de lançamentos, bem como um volume de financiamentos para compra e construção em níveis recordes.
Mesmo com a maioria dos fundos imobiliários tendo uma composição mais concentrada em imóveis corporativos, o fator impulsionador para ambos os segmentos – residencial e empresarial – é o mesmo: o baixo nível de taxa de juros, que acaba estimulando a tomada de crédito para aquisição de imóveis, no caso das pessoas físicas, ou para investimentos e expansão, do ponto de vista corporativo.
Além disso, e agora olhando pelo lado do investimento e rentabilidade, a taxa Selic no atual patamar tem impulsionado o mercado de fundos imobiliários, que cresceu exponencialmente nos últimos meses, atingindo mais de 1 milhão de CPFs na bolsa, ritmo esse que deve permanecer pelos próximos anos.
A renda passiva por meio do investimento em FII, com o recebimento dos aluguéis mensais em forma de dividendos, tem chamado a atenção dos investidores, haja vista as cotas não apresentarem tanta volatilidade quando comparadas ao investimento em ações.
O leque de opções de FIIs para se investir continua em ascensão, com o número de fundos listados já atingindo a marca de 269 em 2020, segundo a CVM, conjuntamente com o maior volume negociado e incremento de opções no que se refere aos setores de exposição.
Neste mês, optamos por excluir o Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11) pois, apesar ainda atrativo, atingiu um múltiplo P/VPA superior a 1,2x, abrindo espaço para fazermos a troca e diversificarmos mais a nossa carteira. Para tanto, incluímos o fundo de desenvolvimento denominado Mérito Desenvolvimento Imobiliário (MFII11), cujo foco é investir em propriedades, desenvolver e efetuar a venda posteriormente. Incluindo este fundo em nossas recomendações, aumentamos o nível de risco da carteira, mas principalmente o retorno potencial.
Ademais, continuamos nos apoiando em uma carteira sólida com fundos grandes, bem geridos e com atrativos retornos. Aos investidores que têm acompanhado nossas recomendações, ressaltamos que nos últimos meses foram lançadas diversas ofertas de captação, de modo que boas oportunidades sugiram – e continuam surgindo – para aqueles que já possuem cotas dos mesmos.
Assim, a nova carteira recomendada para o mês de outubro continua sendo composta por fundos que apresentam resiliência e menor risco de perda de patrimônio, bem como um atrativo retorno potencial. São eles:
Mérito Desenvolvimento Imobiliário (MFII11),
Hedge Top FOFII 3 (HFOF11),
RBR Alpha Multiestratégia Real Estate (RBRF11),
CHSG Renda Urbana (HGRU11),
Vinci Logística (VILG11),
XP Log (XPLG11),
Banestes Recebíveis Imobiliários (BCRI11) e
Rec Recebíveis Imobiliários (RECR11).
Confira no anexo a íntegra do relatório detalhado a respeito, elaborado por
Victor Penna e Kamila Oliveira do BB-BI
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