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Política

03 de Julho de 2019 as 22:07:11



MORO NA CÂMARA foge de perguntas sobre crimes contra a Democracia


Em audiência conturbada, ministro Moro foge de perguntas sobre conteúdos vazados pela mídia The Intercept Brasil com evidências de suas articulações ilegais com o MPF-PR, para condenação de Lula e intervenção nas eleições presidenciais de 2018.
 
Moro usa espaço para reprisar seu questionamento sobre a autenticidade de mensagens divulgadas pela imprensa
 
 
Após retornar de sua visita aos órgãos de inteligência norte americanos, o ministro Moro, em uma sessão marcada por tumultos e bate-bocas na 3ª feira, 02.07,  voltou a questionar a autenticidade das mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil.
 
Moro reiterou, em audiência na Câmara dos Deputados, que o conteúdo publicado pode ter sido editado. Alegou que suas informações e comunicações constantes do aplicativo  
 
“Não reconheço, mais uma vez, a autenticidade de um material que não tenho. O que se tem presente é que não tem nada ali de conteúdo ilícito”,
 
completou Moro.
 
O ministro argumentou que não conduz nenhuma investigação da Polícia Federal sobre eventual ataque hacker aos celulares dele e de procuradores da Lava Jato. Moro, no entanto, acompanha o caso como vítima.
 
A audiência reuniu o convite de três comissões da Câmara: Constituição e Justiça (CCJ); de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias. Na abertura, o ministro disse que “são coisas absolutamente triviais no cenário jurídico” brasileiro conversas entre juízes, membros do Ministério Público e advogados.
 
“Vamos esclarecer que, na tradição jurídica brasileira, é comum que juízes falem com procuradores, é comum que juízes falem com advogados”, afirmou. “Isso são coisas absolutamente triviais dentro do cenário jurídico”,
 
acrescentou.
 
Para Sergio Moro, o site The Intercept quer ser "mártir da imprensa", por não ter consultado as partes envolvidas nos diálogos antes da publicação.
 
"Esse mesmo site [The Intercept], no dia 13 de junho, divulgou outras mensagens sem qualquer espécie de consulta prévia, o que é um expediente em jornalismo um tanto quanto reprovável. Fiquei com a impressão de que o site queria que fosse ordenada uma busca e apreensão, talvez para aparentar uma espécie de vítima, um mártir da imprensa ou coisa parecida”,
 
disse.
 
O que diz a oposição
 
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), perguntou a Moro se ele havia aconselhado advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos na Lava Jato. "O que estamos debatendo não é o conteúdo, mas como se comportou na presidência do processo", argumentou Molon.
 
O ministro reagiu afirmando que “não tinha uma relação com o advogado do ex-presidente porque ele adotou uma atitude beligerante, beirando as ofensas em praticamente todas as audiências”. Em seguida voltou atrás e afirmou:
 
“Ele [Cristiano Zanin, advogado de Lula] quis contraditar um acusado, e contradita é um expediente direcionado exclusivamente a testemunhas. E eu discretamente dei um toque, falei ‘doutor, tem certeza de que vai contraditar um acusado?’ Ele percebeu que estava entrando num erro e recuou".
 
Para a líder da minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o ministro se comportou como "sócio da acusação" nas supostas conversas divulgadas pelo site The Intercept.
 
"O senhor se comporta como sócio da acusação, como chefe dos acusadores. Algo tão grave não pode ser algo que tenho dúvidas que fiz. Fez ou não fez? É crime ou é normal? Tire o senhor como personagem. Imagine: o senhor diria para um aluno que o juiz deve fazer isso? Diria para um aluno cometer uma atrocidade dessa aqui"?,
 
questionou a deputada.
 
A deputada também criticou a “falta de memória” de Moro por não se lembrar de fatos como o diálogo com indicação de testemunha para os procuradores da Lava Jato.
 
“Nos diálogos que estou lendo, há violação da Constituição, do Código de Processo Penal e do Código de Ética da Magistratura. Há uma violação imensa na legalidade da tradição jurídica brasileira”,
 
disse.
 
"Juiz Ladrão"
 
Após quase oito horas de audiência, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou quea história não absolveráo ministro, que será lembrado “pelos livros de história como o juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão”.
 
A fala do parlamentar gerou forte tumulto na comissão, e congressistas da base do governo fizeram um cordão de isolamento para retirar o ministro da sessão, encerrando de forma brusca a audiência sem que os deputados ainda inscritos pudessem fazer questionamentos a Sergio Moro.


Fonte: da Redação JF com informações da Agência Brasil





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